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Entrevista | O Terço – “Não depende da competência, mas da química dos músicos”

Quem viveu os anos 1970 na Baixada Santista, certamente assistiu ou ouviu falar da banda carioca O Terço, contemporânea dos Mutantes, Som Nosso de Cada Dia, Secos & Molhados, Apokalypsis, Veludo e da local Recordando o Vale das Maçãs. Ilha Porchat, Clube XV e Vasco da Gama foram alguns dos locais que eles tocaram por aqui, no auge da carreira, com os álbuns Criaturas da Noite (1975) e Casa Encantada (1976), considerados os mais importantes da discografia.

À época, O Terço tinha em sua formação Sérgio Hinds (guitarra), Sérgio Magrão (baixo), Luiz Moreno (bateria) e Flávio Venturini (teclados). Com exceção de Moreno, que faleceu em 2002 e foi substituído por Fred Barley, todos retornam a Santos, neste sábado, às 21 horas, com um show no Teatro Municipal Braz Cubas.

A apresentação terá ainda as participações especiais de Cezar de Mercês, autor do maior hit da banda, Hey Amigo, e Claudio Venturini, guitarrista e cantor do 14 Bis. O repertório será calcado nos dois álbuns principais do Terço, mas canções de outras fases também devem entrar no setlist, segundo Hinds.

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“A música tem essa coisa. Depende de uma química, um entrosamento entre o pessoal. Quando o Flávio saiu (em 1977), nós montamos a banda de uma outra forma, gravamos um disco logo na sequência (Mudança de Tempo, de 1978). Depois saiu todo mundo, eu remontei a banda com músicos, teoricamente, mais competentes, que tocavam melhor, mas a química nunca foi a mesma. Nunca rolava um som tão legal como rola com esses caras. Na verdade, não depende da competência, mas da química dos músicos”, explica Hinds.

Revelado pelo Clube da Esquina, em Minas Gerais, Flávio Venturini, que foi indicado por Milton Nascimento para tocar no Terço nos anos 1970, atingiu um patamar comercial ainda maior em seus projetos solo e com o 14 Bis.

Como compositor ou intérprete, emplacou vários hits como Todo Azul do Mar, Linda Juventude, Planeta Sonho, Nascente, Nuvens e Espanhola, essa em parceria com Guarabyra, da dupla Sá & Guarabyra.

“Depois da minha saída do 14 Bis, meus objetivos foram expandir meu universo nas composições. Pude fazer-lo com maior liberdade, mas sempre vi com bons olhos meu trabalho no Terço e, principalmente, as músicas instrumentais, que sempre estiveram presentes ao meu trabalho”, comenta Venturini.

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Dividindo sua agenda com apresentações do Terço desde 2005, o tecladista afirma que não tem dificuldade de conciliar sua agenda com os compromissos pessoais.

“Tem sido reencontros porque, por causa de nós integrantes termos carreiras pessoais, isso tem acontecido de tempos em tempos. Mas é sempre uma alegria tocar com o Terço e os amigos. Sempre dá pra conciliar. Com o 14 Bis tenho feito o projeto Encontro Marcado com meu trabalho, o deles e de Sá & Guarabyra”.

Novo álbum do O Terço

Os planos do Terço, no entanto, não ficarão restritos aos shows esporádicos. Hinds já adiantou que um álbum de inéditas será gravado até o meio do ano.

“Já está programado. No máximo em dois meses, vamos entrar no estúdio. A participação do pessoal do 14 Bis no sábado (amanhã) é uma prévia do que faremos. Na verdade, uma banda originou a outra. Sempre tivemos uma ligação muito forte. Então teremos participações do 14 Bis no nosso disco e vou participar do disco deles também”, conta Hinds.

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O guitarrista acrescenta, ainda, que as gravações dos álbuns das duas bandas serão simultâneas, no mesmo estúdio, em São Paulo.

“Enquanto uma banda entra para gravar, a outra fica ensaiando na outra sala. A previsão é lançarmos até o meio do ano os dois álbuns. Queremos sair em turnê com as duas bandas. Será um período especial. A turnê deve ficar par o próximo ano”.

Venturini afirma que está garantido na gravação do disco novo do Terço. “Com o Terço, com certeza participarei do disco. Já no do 14 Bis, estamos mais pensando em parcerias musicais inclusive uma (a primeira) com o meu irmão Claudio Venturini”.

Renda para projeto social

O ingresso para o show do Terço custa R$100,00. Estudantes, professores, pessoas com idade acima de 60 anos, portadores do cartão Itaucard, advogados com carteira da OAB e acompanhante, além de assinantes de A Tribuna mais um acompanhante pagam meia-entrada (R$ 50,00).

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Parte da renda será revertida para o Projeto TamTam, que faz a inclusão de pessoas com necessidades especiais através da cultura e da arte. O Teatro Municipal de Santos fica na Av. Senador Pinheiro Machado, 48.

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