Uma das bandas punk mais influentes da história, The Toy Dolls retorna ao Brasil em setembro para quatro shows: Porto Alegre (13/09, Bar Opinião), Curitiba (15/09, CWB Hall), São Paulo (16/09, Carioca Club) e Rio de Janeiro (17/09, Agyto). Ainda há ingressos à venda.
Na bagagem, o influente e divertido grupo de Sunderland, no norte da Inglaterra, traz uma penca de hits com a turnê alusiva aos 40 anos de história. Dito isso, sons como Alec’s Gone, The Lambrusco Kid, Nellie The Elephant e When the Saints devem marcar presença no setlist.
Animado com o retorno ao Brasil, o guitarrista, vocalista e compositor do The Toy Dolls, Michael ‘Olga’ Algar, conversou com o Blog n’ Roll sobre a expectativa com a turnê no Brasil.
O Toy Dolls já possui uma carreira bem extensa e segue produzindo, excursionando. O que mantém esse apetite pela música?
Nós nunca o chamamos de trabalho, na verdade, é o que amamos fazer. O que nos mantém continuando é que gostaríamos de chegar no estágio onde conseguiremos fazer o álbum e o show perfeito, mas ainda não alcançamos isso. Chegamos perto, mas ainda não conseguimos, até chegar lá, continuaremos tentando.
Quais são os principais desafios em se manter ativo depois de tantas décadas dedicadas à música?
É o que amamos fazer, fazemos isso desde que saímos da escola, então é uma ambição que temos desde então. O que mais nós faríamos? Trabalhar em uma loja de sapatos? Eu não faria isso. E não é muito um trabalho, somos pagos para isso, não muito, mas isso não importa de verdade, mas sim nossa total realização.
O punk rock mudou muito desde o surgimento do Toy Dolls. Você percebe isso? Quais são as principais diferenças para você?
Quando começamos, todos víamos das áreas trabalhadoras, falando sobre pessoas trabalhadoras, esse ambiente. Mudou muito. Agora com Green Day, Offspring e todas essas bandas do EUA, o punk se tornou algo mais mainstream, mais pop, mas mesmo assim muitas bandas ainda tocam o mesmo estilo, como UK Subs e Chelsea. Aliás, fazem isso brilhantemente.
O que melhorou na tua opinião?
Não acho que seja melhor, ou pior agora, apenas diferente. Prefiro antigamente, com as bandas da época, mas gosto de algumas coisas de hoje também, não acho que sejam melhores ou piores.
O Toy Dolls pensa em lançar um álbum novo? Quais são os planos nesse sentido?
Nós lançamos um por volta de três anos atrás, e estamos no processo de escrever um novo. Estamos na música 8 ou 9 agora, então acho que em 2024 ou 2025 teremos outro.
Quais lembranças marcantes você tem dos últimos shows no Brasil?
O Brasil é sempre uma grande festa, como Portugal, Espanha, todos estão prontos para se divertir, e acho que sempre lembraremos deles por isso.
Consegue listar três álbuns que foram fundamentais para tua formação como músico?
Out of Their Skulls, da The Pirates, basicamente devido à guitarra base, melhor de todas. O mesmo vale com Down by the Jetty, da Dr. Feelgood, novamente a guitarra, e o ritmo, é basicamente a guitarra base, ao invés de solos, e milhares de notas.
Por fim, In the City, da The Jam, pelas músicas, as harmonias, as melodias, e novamente, pela guitarra.