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Manu Chao compartilha seu novo álbum “Viva Tu”

Viva Tu finalmente ganhou vida. O álbum é uma espécie de passaporte, alcançando todas as diversidades e seus paradoxos inerentes. As músicas de Manu Chao eliminam as fronteiras, inspirando-se em todos os cantos do mundo com total liberdade. Na esteira de seus singles Viva Tu, São Paulo Motoboy e Tu Te Vas, com Laeti, se unem à Heaven’s Bad Day, um dueto com a lenda do country Willie Nelson.

As raízes musicais americanas de Manu Chao vêm de longa data. Ele já fazia covers de canções de rockabilly e country em sua banda Hot Pants, da era pré-Mano Negra. Encontrar os dois artistas na mesma faixa em 2024 não deve nada ao acaso. Isso marca o encontro de dois espíritos que escolheram nunca se curvar às obrigações e sempre olharam o mundo diretamente nos olhos. Um par de errantes rebeldes. O fato de seus caminhos se cruzarem hoje é totalmente lógico.

Heaven’s Bad Day é uma música country animada, com palmas e uma gaita que nos convida a nos reunirmos em um lugar além da pretensão, onde os sentimentos humanos ainda podem fluir livremente. É um mantra de dois minutos, proferido com um sorriso irônico, como um ritual mágico no meio de um deserto que induz à visão.

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“Sempre cantei rock’n’roll e música country, é um estilo com o qual cresci. O country americano é bom… mas fui atraído pela música country irlandesa. Lonnie Donegan. Estamos falando de músicos antigos, sabe. É country, mas é punk. Acho que não haveria Mano Negra sem Lonnie Donegan. Era uma coisa importante. Ouvíamos hip hop e ouvíamos música country punk. Nós nos divertíamos misturando os dois… E eu sempre escrevi músicas dessa forma híbrida”.

Uma ode à vida e à solidariedade, o álbum Viva Tu é o epítome do pluralismo cultural. Manu Chao sempre gostou de misturas transcendentes, de experimentos nos quais o passado e o futuro se entrelaçam, de mexer com as coisas sem levar em conta qualquer afiliação específica. Suas músicas são multilíngues porque se dirigem a todo o planeta, sem distinção.

A curiosidade é o que leva o artista a escrever canções pessoais com as quais qualquer pessoa pode se conectar. Elas vão desde a rumba de Viva Tu e La Colilla até a poesia arejada e lúcida de La Couleur du Temps e Tom et Lola, passando por uma montagem artesanal em que rap, sons acústicos e eletrônicos unem forças em Sao Paulo Motoboy, uma clara continuação de sua famosa Me Gustas Tu, até as frágeis Vecinos, Cuatro Calles e Viva Tu, chegando até o reggae com Lonely Night.

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