Antes de ir para uma das guitarras do Garage Fuzz, Wagner Reis, o Bola, tocou em uma banda que muitos hoje em dia nunca ouviram falar, mas que fez bastante barulho no início da década de 1990: Dead Crab. Entre 1991 e 1993, foram alguns shows marcantes e três sons gravados.
“Tudo começou sem pretensão, com a finalidade de se divertir, mas acabou formando algumas músicas próprias e shows que terminavam com a intervenção policial”, diz Bola.
As trilhas sonoras de filmes de skate e surf davam o tom da banda. Suicidal Tendencies, Circle Jerks, Agent Orange, Tsol marcavam presença nos ensaios. Rogério Minhoca (ex-Orphan Records), Tarciso (Blind), Paulinho Atayde e Bola eram os integrantes na primeira formação. Luciano Meneghello, o Lulu, assumiu o baixo posteriormente. O Dead Crab contou ainda com Fabio Sorrentino (Porkas), Rodrigo Cimini e Adriano Molas em outras formações.
“Nosso principal show foi em um bar no Canal 1, o Route 66. Tocamos lá acho que umas duas ou três vezes. O nosso primeiro show foi no Bar do Jaba, camaradão nosso da antiga que tinha uma pensão lá no Canal 1. Ele deixou a gente fazer bagaça lá quando estávamos no começo. Lembro também de apresentações no Centro de Estudantes de Santos, Bar Trem das Onze”.
No final da curta trajetória, a Dead Crab gravou três sons: If Run Is Worse, Traped Myself e End of The Century. “O Mauricio Boka, do Ratos de Porão, nos deu uma grande força na hora da gravação. Ele chegou a tocar com a gente em uma época que ficamos sem baterista”.
Bola comenta que não tem mais contato com Minhoca, mas com os demais integrantes sim. Proprietário da corretora de café WR Café e guitarrista da Garage Fuzz, o músico não descarta uma reunião entre os caras. “Para nós é muito fácil, inclusive já dei a ideia no pessoal. É só falar com eles que fica fácil”.
Ficou curioso para ouvir o som? Ouça no player abaixo…
Obs: Foto de Wagner Reis, o Bola, durante show do Garage Fuzz (Crédito: Diego Neder). Se você tem fotos do Dead Crab, encaminhe para krempel77@gmail.com