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100 bandas para você conhecer do cenário hardcore de Santos

56 – Rebel Heads

Antes de ter o próprio estúdio, o baterista Estefan Ferreira iniciou uma banda em um dos pontos mais marcantes para os roqueiros de Santos no início dos anos 1990: W&K. Foi lá que o proprietário do Studio G montou com amigos a Rebel Heads, a primeira de várias bandas que o músico participou.

“Não tínhamos nenhum objetivo. A gente queria tocar em todos os lugares possíveis na época. Não havia pretensão em nada, apenas fazer música e tocar. Os mais comuns eram o Leão XIII, que tinha um teatro muito legal, e o Chopp Chopp (depois virou Armazém 7), onde todo mundo tocava”, diz Ferreira.

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Nesses locais, bandas como Ramones Cover, Last Joker (do Marcão, ex-Charlie Brown Jr), Vulcano, entre outras de metal ou rock instrumental marcavam presença quase sempre. “Todo mundo que curtia um som se reunia na Adega Marrocos e ia para o Chopp Chopp, quando tinha alguma banda para ver”.

Ferreira conta que esse período antecede um pouco a fase de ouro do hardcore santista, quando surgiram bandas como Primal Therapy, Garage Fuzz e White Frogs. “Com três meses de banda, gravamos no Nível Som e demos a sorte de ter ficado muito bom. Já tínhamos a nossa demo em fita cassete com três músicas. Então, conseguimos tocar todos os finais de semana, sempre com as bandas levando “todo” o equipamento para rolar o show”.

O baterista recorda que os espaços para o rock eram bem escassos e somente com uma cena forte, eles poderiam abrir novas portas em Santos. “Sempre dávamos um jeito. Tocávamos em colégios, quadras e qualquer outro lugar. Fomos conhecendo outras bandas, como First Resist, Traumma, Blind, Carnal Desire e Push, que estavam no início também, e foi fortalecendo os shows”.

À época da gravação da demo, a Rebel Heads contava com Alexandre (vocal), Martin (guitarra), Rogério Babão (baixo) e Estefan Ferreira (bateria). As influências eram bem variadas. Iam do black metal ao thrash, mas principalmente do punk ao hardcore. “Era uma época que ouvíamos todas as vertentes do rock. A gente não estava se prendendo a um estilo, gostávamos de ouvir rock, e se fosse legal, a gente ouvia”.

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O Chopp Chopp era o ponto principal para Ferreira. Independentemente da Rebel Heads tocar, ele estava lá sempre. “Era importante estar envolvido com o pessoal da cena, porque não haviam muitos meios de comunicação. A gente sempre estava em busca de bandas novas pra ouvir e tinha que estar sempre em contato com o pessoal”.

Hoje, Alexandre é publicitário, Martim trabalha com programação, Babão virou professor de jiu jitsu e Ferreira trabalha com música e eventos. “É possível fazer uma reunião se todos ainda tocarem os seus instrumentos”, finaliza, aos risos, o baterista.

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