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Crédito: Duda Portella

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Entrevista | Pilar – “Você tá doando porque está recebendo e vice-versa”

Campo-grandense de nascimento e radicada em São Paulo, a cantora Pilar, de 24 anos, tem vivido um momento especial. Do ano passado para cá, ela se apresentou no Brazilian Day de Estocolmo (Suécia) e no Festival Mundo Psicodélico, em São Paulo.

Gentilmente foi o single que impulsionou a carreira da cantora. Mas foi com o EP de estreia, Confluir, lançado em maio, que Pilar consolidou o grande momento. O trabalho conta com seis músicas autorais, incluindo uma parceria com Zeca Baleiro (Favela City).

A ligação de Pilar com a música, no entanto, é muito mais antiga. Desde os cinco anos, ela se viu incentivada pelos pais.

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“Desde cedo fui muito conectada com a música e posso dizer que meu gosto musical também era bem eclético, desde nova. Minhas primeiras referências eram Tribalistas, Buena Vista Social Club e Elis Regina, mas ao longo dos anos fui escutando de tudo que é gênero possível. Eu tive várias fases e sei que a minha musicalidade vem dessa influência mesmo, dessa fusão de todos os ritmos e gêneros que gosto de escutar”.

Parceria com Zeca Baleiro

A ligação com Zeca Baleiro veio pelo produtor, Adriano Magoo, que também é tecladista do maranhense há anos. Coincidentemente, no dia em que ele escutava a mix de Favela City, tinha uma gravação agendada com Zeca.

“Ele ouviu e se interessou, gostou da música. E tinham oito compassos que estavam só instrumental e aí acabou acontecendo essa parceria. Foi uma experiência única, o Zeca é um puta artista, puta compositor, admiro muito o trabalho dele, então, foi um enorme privilégio poder gravar uma música com ele”.

Paixão pelo jazz

Do Zeca Baleiro ao Buena Vista Social Club, ou da Elis Regina ao Bob Marley, Pilar não perde a mão na hora de trabalhar seu caldeirão de influências. Passeia pelo reggae, pop, jazz, soul, mas todos com uma boa roupagem de MPB. 

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“Me sinto mais à vontade no jazz. Eu gosto muito de cantar jazz, tudo que envolve usar mais a extensão vocal, brincadeira de improviso de voz, essas coisas, me sinto numa zona de conforto”.

Pilar em vários idiomas

Outra característica da obra de Pilar é cantar em vários idiomas. No EP de estreia, ela canta em português, espanhol e inglês. Para a artista, a questão de chegar ao mercado internacional é mais um benefício do que o propósito em si.

“Como minha base de estudo musical foi o canto lírico, sempre tive esse hábito de cantar em italiano, espanhol, latim. Então, já tinha essa coisa como cantar em outros idiomas e era algo que tinha muita vontade de trazer para as minhas composições, essa pluralidade mesmo”.

Um dos grandes destaques de Confluir é a divertida Namastreta, com o refrão: a vontade mesmo, era mandar você se fuder, mas eu digo, namastê. A vontade mesmo, era mandar você pra aquele lugar, mas te desejo paz de Jah.

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“Eu escrevi ela muito espontaneamente, não foi nem com o intuito de produzir, gravá-la. Só que ficou tão legal que no fim o produtor falou a gente tem que gravar essa música”

A inspiração para a canção não teve nenhuma pessoa em especial como inspiração. “Foi uma semana que estava tudo dando errado. E eu sou uma pessoa que busco ter esse equilíbrio emocional, ter essa conexão com o espiritual, não me deixar abalar tanto pelas coisas que acontecem no dia a dia. Mas querendo ou não, a gente é humano, né? E tem horas que é muito difícil a gente não se deixar levar pelas emoções. Namastreta acabou saindo como uma forma de desabafo mesmo”.

Pilar no Juntos Pela Vila Gilda

Confirmada no Juntos Pela Vila Gilda, Pilar acredita que a ação social é um ciclo de energia. “Você tá doando porque está recebendo e vice-versa. É algo que quanto mais a gente pratica, mais a coisa se torna automática e inerente nossa”.

“A ação achei muito legal. É realmente usar essa visibilidade que a gente tem pra tá levando isso a mais pessoas, trazendo essa consciência de ajudar e tentar fazer nosso papel ali, faz uma diferença gigante”.

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