O que você está procurando?

Entrevistas

Entrevista | Bring Me The Horizon – “Mudamos porque não queremos ser uma banda que faz tudo igual”

CAÍQUE STIVA E LUCAS KREMPEL

Quando o Linkin Park lançou o debute, Hybrid Theory, em 2000, ninguém imaginava a dimensão que a banda ganharia em pouco tempo. Depois, já com a carreira consolidada, alcançou o posto de ser o nome roqueiro mais seguido nas redes sociais. Só no Facebook, o perfil tem 60 milhões de seguidores. É mais que Rolling Stones, AC/DC, Led Zeppelin, Beatles, Queen, Iron Maiden e por aí vai.

Uma das bandas influenciadas pelo Linkin Park é a britânica Bring Me The Horizon. Formada em 2004, em Sheffield, ela iniciou a trajetória carregando uma lembrança do vocalista, Oliver Sykes, que revelou isso em uma entrevista para um blog da Ticketmaster, no início do ano.

Continua depois da publicidade

“O primeiro show que fui foi o Linkin Park e por causa dele, realmente queria ser um cantor. Eles e Glassjaw pareciam tão catárticos. Quando criança, eu tinha muita energia e não sabia o que fazer com ela. Aquilo parecia o trabalho perfeito”.

Atração do segundo dia do Lollapalooza, o Bring Me The Horizon chega ao Brasil completamente diferente do início de carreira. Propositalmente ou não, é algo que também segue parecido com o Linkin Park, que no último disco, One More Light (2017), trouxe uma transformação sonora surpreendente.

No caso do Bring Me The Horizon, a trajetória começou calcada no deathcore. Migrou para o metalcore, flertou com o post-hardcore, mas hoje tem uma pegada mais pop e com vários elementos eletrônicos. É bem provável que a apresentação no Lollapalooza tenha um foco maior em Amo, disco lançado no início deste ano.

O baterista, Matt Nicholls, concedeu entrevista para A Tribuna / Blog n’ Roll, por telefone, e falou sobre a mudança da proposta de som da banda.

Continua depois da publicidade

“Nós mudamos porque não queremos ser uma banda que faz tudo igual. Os melhores músicos mudam também, então, fizemos esse álbum para melhorarmos. Tivemos várias inspirações para o disco”.

Gravado em Sheffield e Los Angeles, o disco tem essa conexão com a língua portuguesa no título. “Amo vem da palavra em português mesmo. É a forma como brasileiros falam ‘I love’. É um álbum que fala das pessoas ao redor da gente, fala do ambiente e das conexões entre as pessoas. Por isso o nome de ‘I love’ em português”, justifica Nicholls.

A mudança de proposta sonora do Bring Me The Horizon teve início com o quinto disco de estúdio, That’s The Spirit (2015). A partir dali já era nítida a transformação. Amo parece uma evolução do que foi apresentado ali. Todos os elementos eletrônicos estão presentes, o vocal é mais limpo, sem gritos e as melodias mais pop.

“É um álbum com muitas faixas diferentes do que eles (fãs) estão acostumados. As críticas sempre aparecem, mas muita gente gostou e elogiou. No geral, o balanço é bom. Não podemos reclamar”, pontua o baterista.

Continua depois da publicidade

Sobre o crescimento da banda, que conseguiu se reinventar após 15 anos de estrada, Nicholls vê tudo com bons olhos. Declara não ter do que reclamar.

“Tem sido legal. No começo, não sabíamos muito bem o que estávamos fazendo. Não tínhamos muitas pretensões, só queríamos fazer nossos shows e ganhar um dinheiro. Mas as coisas foram ficando sérias e virou uma bola de neve. É ótimo ver esse crescimentos. Fico feliz”.

Empolgado e ansioso com a apresentação no Lollapalooza, o baterista afirma que é sempre divertido vir ao Brasil. Pretende curtir um pouco da atmosfera do festival, mas tudo vai depender dos horários.

“Quando chegar lá, vou ver as bandas que vão tocar no dia e tentar assistir algum show, mas vai depender bastante da agenda no dia”.

Continua depois da publicidade

Antes e depois do Bring Me The Horizon

Além da apresentação no Autódromo de Interlagos, o Bring Me The Horizon também tocará no dia 3 de abril, uma quarta-feira, na Audio Club, em São Paulo. O show faz parte das Lolla Parties, uma oportunidade de ver o show completo e em um espaço mais intimista. Dividirá a noite com o The Fever 333.

“Acho que gosto das duas coisas. Não somos headliners no Lollapalooza, então não tem tanta pressão. Vamos tocar nosso set para muitas pessoas que não nos conhecem. Sabemos que temos que fazer um grande show, mas em lugares menores a gente sabe que todos que foram até lá nos conhecem. Mas não ligo para o lugar que vamos tocar. Só quero tocar em qualquer lugar para qualquer pessoa. Gosto de tocar. Não tenho preferência”, comenta Nicholls.

Serviço

A oitava edição do Lollapalooza Brasil contará com os headliners Arctic Monkeys, Tribalistas, Sam Smith e Tiësto, no dia 5 de abril; Kings of Leon, Post Malone, Lenny Kravitz e Steve Aoki, no dia 6 de abril; Kendrick Lamar, TWENTY ØNE PILØTS e Dimitri Vegas & Like Mike no dia 7 de abril.

As entradas para o Lollapalooza Brasil 2019 podem ser adquiridas pelo site oficial do evento, bilheteria oficial (sem taxa de conveniência – Credicard Hall, em São Paulo) e nos pontos de venda exclusivos: Km de Vantagens Hall Rio de Janeiro e Km de Vantagens Hall Belo Horizonte.

Continua depois da publicidade

COLUNAS

Advertisement

Posts relacionados

Agenda

The Cult traz ao Brasil, em fevereiro de 2025, a turnê que celebra 40 anos de carreira. A tour visitará três capitais brasileiras: Rio...

Agenda

A Top Link Music anunciou em suas redes sociais a turnê de despedida da lendária banda britânica Uriah Heep pela América do Sul. Com...

Publicidade

Copyright © 2024 - Todos os direitos reservados

Desenvolvimento: Fika Projetos