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Jain, French Singer, posing at L'Aerosol, a museum and openwall place dedicated to street art. Paris, France. August 24, 2018. Jain, chanteuse francaise, pose a L'Aerosol, un musee du street art avec des murs ouvert a l'expression libre du tag. Paris, France. 24 aout 2018.

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Entrevista | Jain – “Gosto de escrever sobre a vida no dia a dia”

CAÍQUE STIVA E LUCAS KREMPEL
Foto: Antoine Doyen / Divulgação

Lineup bom que se preze precisa ter tesouros escondidos. E o Lollapalooza Brasil tem os seus. Um deles atende pelo nome Jain. A cantora francesa Jeanne Louise Galice, de 27 anos, está escalada no sábado, às 16h10, palco Adidas. Se você nunca ouviu falar dela, o festival é uma oportunidade, mesmo com a concorrência do forte Snow Patrol, que chega com vários hits.

Filha de pais expatriados, ela passou parte da infância no Congo sendo influenciada pela música que seus pais ouviam, como Janis Joplin, Aretha Franklin e Otis Redding. Em 2015 ela lançou seu álbum de estreia, Zanaka, e logo virou disco triplo do platina e rendeu uma indicação ao Grammy Award de Melhor Vídeo Musical. Desde o lançamento, a artista já fez mais de 200 shows no mundo todo, se tornando uma das mais respeitadas cantoras francesas da atualidade.

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“O ponto é que não sei se faria música se não tivesse vivido o que vivi. Para mim, ter vivido em outros países significa tudo, porque me fez amadurecer. Sem as viagens, não sei que tipo de música eu teria feito. Fui muito inspirada quando morei no Congo, em Abu Dhabi e Dubai”, comentou a cantora, que conversou com o Blog n’ Roll, via telefone, na última terça-feira (26).

A experiência na Ásia e África foi decorrente do trabalho do pai, que mudou várias vezes por conta de compromissos profissionais. E muito dessa vivência foi colocada no segundo disco de Jain, Souldier, lançado em agosto passado.

“No meu primeiro álbum não tive tempo de explicar quem eu era e contar minha história ao público. Era um álbum de estreia e curto. Mas neste segundo, falo da minha vida, da época em que morava em Abu Dhabi e voltei para Paris. Então, os dois álbuns meio que se completam e contam minha adolescência. Estou muito orgulhosa do resultado porque o público gostou bastante da história e das músicas, que são bem dançantes”, justificou a francesa.

Souldier, por sinal, é o caminho para quem quer decorar as faixas e cantar junto com Jain. “Ainda não preparei o set, mas vou misturar um pouco dos dois álbuns, com um foco maior no segundo”.

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Jain ressaltou na entrevista o cuidado que tem na hora de compor. Para ela, é muito importante ser sincera quando escreve uma música.

“Na maior parte do tempo, gosto de escrever sobre a vida no dia a dia. Gosto de falar sobre coisas que todos conseguem se relacionar e que tem a ver com a minha rotina”.

Antes de ter a própria carreira solo, Jain trabalhou com um dos nomes mais vendáveis da França: Yodelice. O impacto dele na carreira foi ressaltado durante a conversa.

“Ele foi um mentor para mim. Minha família não é da indústria da música e eu não conhecia ninguém que trabalhasse com isso. Então, quando o conheci, confiei nele e ele me ajudou muito a progredir na música e a evoluir nas técnicas de cantar e compor”.

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O som de Jain recebe influências bem distintas. Ela não esconde a admiração pelo rap norte-americano, mas o próprio trabalho autoral mostra um mix de inspirações. “Depende muito, não gosto de ouvir um estilo só, muito menos uma única música. Geralmente, costumo escutar vários estilos diferentes de música, como eletrônica, africana e francesa”.

Apesar de ter um hype ainda maior com Souldier, o primeiro disco de Jain, Zanaka, rendeu uma experiência marcante para a cantora. Com o lindo clipe de Makeba, ela concorreu ao Grammy de Melhor Vídeo do Ano, junto com nomes de peso.

“Foi uma surpresa enorme. Eu era jovem e fizemos tudo muito pequeno ainda, foi uma excelente surpresa. Foi incrível ver a cerimônia de perto. Fiquei encantada em ver tantos artistas gigantes de perto, como o Kendrick Lamar e o Jay-Z. Foi um sonho”.

Além disso, viu outra faixa conseguir um espaço de destaque. Come, do mesmo disco, entrou na trilha sonora de Santa Clarita Diet (Netflix), igualmente com um videoclipe bem produzido.

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Com poucas referências da música brasileira, Jain não titubeou na hora de responder o que conhecia sobre os nossos artistas. “Sei o clássico, como Garota de Ipanema. Por isso que estou tão ansiosa pra tocar aí, quero aprender sobre a música brasileira e descobrir cada vez mais. Vai ser minha primeira vez e estou muito ansiosa”.

Sobre a expectativa de participar do Lollapalooza, ela se mostrou muito empolgada. “Ouvi dizer que o público no Brasil é ótimo. Espero que gostem do meu show. Fico muito feliz em tocar em países diferentes, porque sou de uma cidade pequena na França, para mim isso é incrível”.

E, se a agenda colaborar, ela pretende passear entre o público também. “Vi que tem grandes artistas no lineup. Sei que Kendrick Lamar vai tocar e é um nome que gostaria de ver. Mas pretendo andar pelo festival e descobrir novos sons”.

Serviço

A oitava edição do Lollapalooza Brasil contará com os headliners Arctic Monkeys, Tribalistas, Sam Smith e Tiësto, no dia 5 de abril; Kings of Leon, Post Malone, Lenny Kravitz e Steve Aoki, no dia 6 de abril; Kendrick Lamar, Twenty Øne Pilots e Dimitri Vegas & Like Mike no dia 7 de abril.

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As entradas para o Lollapalooza Brasil 2019 podem ser adquiridas pelo site oficial do evento, bilheteria oficial (sem taxa de conveniência – Credicard Hall, em São Paulo) e nos pontos de venda exclusivos: Km de Vantagens Hall Rio de Janeiro e Km de Vantagens Hall Belo Horizonte.

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