Na sexta-feira, primeiro dia do Lolla, às 16h40, no palco principal, entre os shows do Turnstile e Machine Gun Kelly, a cantora LP, abreviatura de Laura Pergolizzi, promete entregar um dos shows mais interessantes do festival.
A cantora de Long Island, nos Estados Unidos, já tem mais de 20 anos de carreira, seis álbuns cheios e três EPs. Na bagagem, traz o fresquíssimo Churches, lançado no ano passado. Aliás, o álbum deve ser uma das bases do show em São Paulo, caso role o repeteco das edições argentina e chilena do Lolla, que rolaram no último fim de semana. A outra base do repertório é o disco de maior sucesso comercial de LP, Lost On You.
O que muita gente não sabe é que LP, além de ter uma voz muito acima da média, também compõe para grandes artistas. A lista dela inclui nomes como Backstreet Boys, Christina Aguilera, Rihanna, Rita Ora, Celine Dion e Cher.
LP é uma das artistas escaladas para o Lollapalooza 2020, aquele que não rolou em função da pandemia. Felizmente, ela foi mantida na programação. Terá uma concorrente de peso no horário, a hypada Pabllo Vittar.
“Acho que definitivamente continuo aprendendo o que está envolvido e pude ver meu corpo de trabalho crescendo. Isso me inspira a fazer mais e continuar. Sinto que, depois de cada disco, mesmo os que tinha quando não era maior, estava sempre pensando em como posso cantar melhor ou como posso escrever melhor ou de maneira diferente. Isso me inspira a empurrar o envelope e alcançar mais pessoas”, comentou a artista, que conversou com o Blog n’ Roll há dois anos, pouco antes do cancelamento do Lollapalooza 2020.
LP ativista e com influências pesadas
Conhecida por ser ativista pelos direitos da comunidade LGBTQI+ e por ter um visual andrógino, LP afirma que possui um caldeirão de influências em seu trabalho. Aos 40 anos, ela tenta equilibrar a conta entre jovens artistas e os mais clássicos.
“Estudo mais clássicos, tento ouvir álbuns que nunca ouvi de artistas que amo, porque às vezes você se escuta ouvindo todos os seus maiores sucessos, mas pode entender melhor como artistas das músicas que não eram tão populares”.
Rolling Stones, Queen, Led Zeppelin, Nirvana, Jeff Buckley, Aretha Franklin, Joni Mitchell e Stevie Nicks são alguns dos nomes que mais a inspiram.
Aliás, a cantora tem incluído em seu repertório uma bela versão de Dazed & Confused, do Led Zeppelin. Se alguém ainda tem dúvidas sobre sua potente voz, está aí ótima amostra.
Heart to Mouth, de 2018, seu penúltimo álbum de estúdio, consolidou ainda mais o crescimento de LP. Foi com esse trabalho que, em 2019, a cantora visitou a América do Sul pela primeira vez. O Brasil, no entanto, ficou de fora da turnê.
“Eu ainda não estive no Brasil, mas estou muito animada para me apresentar no Lollapalooza. Tive uma experiência incrível na América do Sul, na última turnê, e estou ansiosa para experimentar mais”.