Já perdi as contas de quantas vezes assisti ao Kiss. Mas é impressionante como eles conseguem variar tanto sem fazer quase nada de mudança. O mesmo roteiro já foi apresentado no Brasil com duração de 1h30, 1h45 e 2h, como no encerramento do Monsters of Rock 2023, na noite do sábado (22), no Allianz Parque, em São Paulo.
O show do Kiss é como um musical fixo. Todos já sabem o momento em que Gene Simmons cuspirá sangue de mentirinha, Paul Stanley sairá voando na tirolesa, Eric Singer vai levitar com sua bateria e Tommy Thayer soltará fogos de artifícios com a guitarra. Mas engana-se quem pensa que isso é impeditivo para um repeteco do público.
A última vez do Kiss em São Paulo foi há exato um ano, no mesmo Allianz Parque, inclusive com a mesma turnê. Sabe o que mudou, além da duração do show? Saiu Tears Are Falling, entrou Makin’ Love.
Despedida definitiva ou não, cada show do Kiss nessa reta final parece um adeus. Paul e Gene já estão com mais de 70 anos. Diferente de muitos contemporâneos, ninguém carrega uma armadura tão pesada em suas apresentações como eles. Aliás, o público não quer mais uma fase Unsmasked.
Por mais que o roteiro horripilante do Kiss seja repetitivo, não deixe de assistir ao show deles, caso um dia retorne ao Brasil. Em resumo, dificilmente alguém conseguirá superar esses veteranos em entretenimento.
Já ia me esquecendo, mas para quem não sabe, o show começa com Detroit Rock City, finaliza com Rock and Roll All Nite. Clássicos? Estão quase todos no set. Forever e Strutter são algumas das baixas mais sentidas.