Uma das bandas mais tradicionais e influentes do metal oitentista, além de responsável pela criação de um estilo, o doom metal. Com os riffs lentos e épicos de Mats Bjorkman, a cozinha precisa de Leif Edling e os demoníacos vocais do saudoso Messiah Marcolin, álbuns como Epicus, Doominus, Metalicus (1986) e Nightfall (1987) deixaram marcas profundas nos amantes do som lento e pesadíssimo, fortemente influenciado por tudo de mais nebuloso que o Black Sabbath jogou ao mundo. Assim pode ser definida, resumidamente, a jornada dos suecos do Candlemass.
Em The Door to Doom, décimo segundo álbum de estúdio, a banda apresenta novidades em sua formação, com a volta do vocalista Johan Langquist, substituindo Mats Leven. O estilo do grupo continua basicamente o mesmo doom metal que o tornou famoso, porém reforçado por pequenas doses de heavy metal, mas nada que o descaracterize.
Estão lá os riffs gordos e pesados, o andamento moderado (embora uma ou outra acelerada apareça de vez em quando) e o clima soturno, como provam as fortes Black Trinity, Splendor Demon Majesty e Astorolous – The Great Octopus – que conta com a participação mais do que especial de Tony Iommi, em um inspirado solo de guitarra. Aliás, a música lembra bastante o álbum 13, do Sabbath, em sua timbragem e estética.
A voz de Langquist é parte fundamental no clima sombrio do álbum, e sua interpretação perfeita torna faixas como House of Doom e a soturna The Ocean, verdadeiros presentes para os fãs do doom metal. Lento, obscuro e bem produzido, The Door to Doom é audição obrigatória.
The Door to Doom
Ano de Lançamento: 2019
Gravadora: Napalm Records
Faixas:
1-Splendor Demon Majesty
2-Under The Ocean
3-Astorolus – The Great Octopus
4-Bridge of The Blind
5-Death´s Wheel
6-Black Trinity
7-House of Doom
8-The Omega Circle