Crítica | Exitivm – Pestilence

Quando surgiu na Holanda no final dos anos 1980, o Pestilence logo conseguiu se juntar ao poderoso arsenal death metal da Europa, graças a álbuns definitivos como Consuming Impulse (1989) e Testimony of The Ancients (1991), que se tornaram referência entre os seguidores do estilo.

Contudo, o tempo passou, o grupo experimentou (Spheres), se separou, se juntou de novo, sendo Exitivm o segundo álbum de seu retorno, sucedendo Hadeon, de 2018.

Ufa! Tão inquieto quanto sua história é o próprio som da banda. Em resumo, Exitivm chega um pouco menos progressivo do que os dois últimos álbuns, resgatando um pouco do death metal direto dos tempos de Testimony. Mas isso não impede que teclados e passagens mais intrincadas surjam aos montes durante a audição.

Após a intro, Morbvs Propagationem demonstra isso perfeitamente, já que a música é conduzida por riffs de guitarra e batidas velozes, intercaladas por passagens mórbidas de teclado. Deificvs, que foi o primeiro single, segue a mesma linha, apesar de já partir para partes mais complicadas (preste atenção nos riffs de guitarra).

Aliás, individualmente, é impossível não destacar os guturais de Patrick Mameli, que soam inconfundíveis desde os primeiros álbuns, se tornando uma espécie de assinatura do Pestilence.

Além dele, o novo guitarrista Rutger Noordenburg provou ser uma excelente escolha, pois seus riffs e solos preenchem o álbum todo com brutalidade e técnica.

Por fim, outros momentos que merecem ser ouvidos em Exitivm, são as ótimas Inficiat, Pericylym Externym e a faixa-título, que são perfeitas para o banging. Ouça já!

Exitivm
Ano de Lançamento: 2021
Gravadora: Agonia Records
Gênero: Death Metal/Death Metal Progressivo

Faixas:
1-In Omnibys – Intro
2-Morbvs Propagationem
3-Deificvs
4-Sempiternvs
5-Internicionem
6-Mortifervm
7-Dominatvi Svbmissa
8-Pericvlvm Externvm
9-Inficiat
10-Exitivm
11-Immortvos