Entrevista | Bayside Kings – “Nada Pra Mim inicia nossa nova fase, mas em uma transição”

Entrevista | Bayside Kings – “Nada Pra Mim inicia nossa nova fase, mas em uma transição”

O Bayside Kings abriu oficialmente um novo capítulo de sua trajetória ao assinar com a gravadora Deck. A banda de hardcore formada em Santos e ativa desde 2010 vive um momento de transição, entre o legado construído ao longo de mais de uma década e os caminhos que começam a se desenhar para 2026. O primeiro passo dessa etapa é o single “Nada Pra Mim”, que chegou hoje às plataformas.

Em entrevista ao Blog N’ Roll, o vocalista Milton Aguiar explica que a banda atravessa uma mudança significativa depois de uma sequência de lançamentos que funcionaram como um grande “livro aberto” da fase anterior. “Essa nova fase do Bayside Kings é uma fase de transição entre tudo que ocorreu no Livre Para Todos, que foi um álbum fragmentado (em vários EPs) que a gente fez nos quatro anos, e para o que virá em 2026. A gente tem um álbum em vista para ser lançado em 2026, um álbum full, e vai ter alguns singles antes que serão essa transição”, afirma.

A entrada na Deck marca esse novo ciclo, mas Milton reforça que ele só existe porque houve um caminho sólido até aqui. “É a continuação de um acerto, uma decisão que nós tomamos depois de 10 anos de banda, que foi passar a cantar em português. A gente sempre se importou muito com a mensagem das músicas. Queríamos que fosse algo que pudesse abrir diálogo e que todos pudessem pertencer”, diz o vocalista, destacando que o apoio das gravadoras anteriores também foi essencial para a jornada até aqui.

“NADA PRA MIM” sintetiza esse momento. A faixa aborda o rompimento definitivo com quem subjugou ou julgou você, transformando ressentimento em força. “Nada Para Mim é uma música que fala muito sobre parar de dar a outra face para bater, sobre revidar, principalmente contra ideias e pessoas que subjugam a gente. Fala sobre colocar um basta, sobre posicionamento”, comenta Milton.

Na estética, o single abraça o skate punk com energia direta e crua. “É um skatepunk, então quem gosta de Suicidal Tendencies, Drain, Pennywise, Comeback Kid, Charlie Brown Jr. vai ser simpatizante com esse som”, projeta o vocalista. Ele reforça que a faixa também funciona como um chamado à comunidade ligada ao hardcore e ao skate, reforçando a identidade coletiva da banda.

Além disso, o vocalista pontua como essa virada chega cercada de parceiros que ajudaram a manter a banda em movimento. “Essa nova fase é importante pelo lance de ter a Deck entrando nos 45 do segundo tempo, dando suporte. E ela não começou sozinha. Começou com os dois primeiros EPs com a Olga, depois os dois com a Repetente e agora com a Deck. Todo mundo tem sua parcela de parceria e contribuição.”

Com o novo single já nos shows da reta final de 2025, o Bayside Kings segue preparando o terreno para o próximo ano. A banda promete uma turnê extensa em 2026, celebrando não apenas os novos lançamentos, mas o aguardado novo álbum que deve ampliar ainda mais a sonoridade e o alcance desse novo ciclo.