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Le Sserafim revela música inédita e levanta Coachella com feat de Nile Rodgers

“Porque eu fiz parecer fácil”. Foi com essa frase que o Le Sserafim iniciou sua primeira apresentação, por volta de 22h50, de sábado (13), no Coachella, famoso festival no deserto da Califórnia. O trecho da intro Good Bones, do EP mais recente, o Easy, anunciou perfeitamente o que seria os próximos 40 minutos do quinteto feminino de k-pop, que, com menos de dois meses de debut, entregou um espetáculo contagiante.

Após a entrada triunfal, o grupo já emendou seu maior hit, Antifragile. E, com certeza, foi um grande acerto. O primeiro comeback do Le Sserafim é enxergado pelos fãs como um segundo debut. Isso porque sucedeu a onda massiva de ódio enfrentada no processo de saída de Kim Garam da formação original.

Recentemente, o quinteto foi, outra vez, alvo de ataques na internet por “ter vocais ruins”. Não que elas precisassem provar algo, mas aqui elas ligaram os microfones e calaram os haters amargurados. Afinal, a música fala por si só, elas são antifrágeis e os comentários negativos apenas as engrandecem.  

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Em seguida, o grupo voltou para seu álbum de estreia, com a title Fearless e a b-side The Great Mermaid. Vale ressaltar o trabalho da banda, que durante todo show enalteceu as vozes das vocalistas principais, Huh Yunjin e Kim Chaewon, bem como das suportes, Miyawaki Sakura, Nakamura Kazuha e Hong Eunchae. A evolução gradativa das cinco em presença de palco, vocais e dança ficou ainda mais evidente nas apresentações de suas primeiras faixas.

Passadas as músicas iniciais, as fimmies (apelido dado pelos fãs) fizeram as tradicionais saudações, em grupo e individuais, ao público. Colocando o inglês em prática, elas elogiaram a energia da plateia e agradeceram a presença das pessoas que estavam ouvindo o Le Sserafim pela primeira vez.

Música inédita do Le Sserafim

A interação na pausa para hidratação culminou no “segredo” que o Le Sserafim  revelou ao público. “É só eu ou tem mais alguém sentindo-se quente e divertido esta noite?” A pergunta de Yunjin introduziu a apresentação inédita de 1-800-Hot & Fun, que deverá estar presente no próximo álbum do grupo.

A faixa, que faz menção à cantora Beyonce, contém trechos de rap de todas as membros e, certamente, o destaque é o refrão: Eu gosto de dançar na festa. Eu gosto de beijar todo mundo. A música, toda em inglês, é mais um passo para a internacionalização do grupo e uma provocação aos velhos conservadores da Coreia do Sul.

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Participação de Nile Rodgers

Após o calor de 1-800-Hot & Fun, enquanto o grupo tirava parte do figurino produzido especialmente pela Louis Vuitton, o guitarrista Nile Rodgers subiu ao palco para fazer a primeira colaboração ao vivo de Unforgiven, faixa na qual colaborou. E o resultado não poderia ser outro, o que já era bom, ficou ainda melhor. As ‘vilãs’ deram um show de interação com o público e com o instrumentista.

Com a energia no alto, Eve, Psyche and the Bluebeard’s Wife, b-side de Unforgiven, veio na sequência e fez o público cantar as linhas virais da música mais energética do grupo. Vale ressaltar que foi a única faixa que teve sua versão inglesa escolhida.

Festa do Le Sserafim

Quando lançada, Perfect Night, em parceria com Overwatch, parecia uma simples música de promoção de jogo. No entanto, marcou a entrada do grupo no mercado internacional. Brincando com a letra da música, que, em resumo, fala sobre festejar com amigas, Sakura afirmou: nós vamos beber hoje à noite. Kazuha respondeu: mas a Eunchae é menor de idade. De bate-pronto a maknae (membro mais nova) rebateu: você também. A conversa rendeu boas gargalhadas do público. Fica registrado que Eunchae tem 17 anos e Kazuha 20. Nos EUA, apenas maiores de 21 anos podem ingerir bebidas alcoólicas.

Com melodia chiclete, os fãs cantaram Perfect Night do início ao fim. Enquanto as fimmies, apesar de não estarem bebendo em uma festa, estavam livres no palco, tendo uma noite perfeita com suas amigas.

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Por falar de se sentir livre, o que dizer de Yunjin? Ela estava literalmente em casa, já que a sul-coreana foi criada em solo estadunidense e, com seu inglês fluente, provocou: Coachella, are you ready to shake some fucking ass? (aqui vou me poupar de traduzir). O questionamento anunciou a latina b-side Smart, que tem sucesso parecido com a title Easy, que intitula o álbum mais recente do quinto.

Como de esperado, a música foi uma catarse. Movimentos naturais, vocais estáveis e uma genuína felicidade dos presentes no palco Sahara. E vale um segundo destaque da noite para a banda, o baixo que acompanhou a faixa sincronizou perfeitamente com o rebolado das integrantes.

Reprodução/X @le_ sserafim

Fim de festa energético

Restavam poucos minutos para o término e, se você imaginava que o fim de festa tem que ser para baixo, estava completamente errado. “Não estamos acabadas ainda. Estão preparados para dançar com a gente?”, perguntou Chaewon após os agradecimentos finais. E assim, veio Easy, carregada de hip-hop e reafirmando a mensagem da intro que abriu o show. De fato, elas realmente fizeram uma estreia no Coachella parecer fácil.

Em uma rápida transição, surgiu um dance break de cumbia, estilo tradicional da Colômbia, que conduziu o bailado das membros com dançarinos. O destaque ficou para os passos de ballet de Kazuha, sempre exaltados nas coreografias do grupo.

As batidas latinas introduziram Fire in the belly, outra b-side do Unforgiven. Com as linhas de Olê, Olê, Olê, a música, que nasceu para ser performada, deixou um gostinho de quero mais. E, de fato, terá outra apresentação do Le Sserafim no Coachella, no próximo sábado (20), às 22h50. Para o Brasil, a transmissão acontece pelo Youtube do evento, às 2h50.

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Considerações finais

A apresentação no Coachella explicou o sucesso nacional e internacional do Le Sserafim, que é o quarto grupo de k-pop com mais ouvintes mensais no Spotify, 16 milhões, e emplaca mais de três músicas no top-15 do Melon, principal plataforma de música na Coreia do Sul. Sendo elas Easy (7°), Smart (8°) e Perfect Night (14º).

Além disso, evidenciou a personalidade das membros, que cantam o que realmente são e pouco se importam com críticas destrutivas. Ademais, mostrou a qualidade da curta e versátil discografia do grupo de 27 músicas, excluindo intros e faixas japonesas o número cai para 20 e, mesmo assim, deu para sentir falta de Blue Flame, Impurities e Swan Song, por exemplo. Sem falar nas ballads, Sour Grapes, Fearnot (Between you, me and the lamppost) e We Got So Much.

Aos brasileiros e latinos, restam o aguardo por uma verdadeira turnê mundial, ao contrário do que foi Flame Rises, em 2023, que apenas contemplou países da Ásia. Pois se tem um grupo de k-pop que mais se assemelha com a nossa musicalidade, esse grupo é o Le Sserafim. Público tem, só falta a Hybe nos notar no mapa.

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