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Uma viagem pela discografia da Rainha do Pop [Parte 2]

Na segunda parte de nossa lista, conhecemos alguns dos principais sucessos de Madonna e o momento exato em que a diva se consolida como rainha do pop.

Continuamos nosso passeio pela trajetória musical de Madonna. No texto de hoje, caminhamos pela fase mais pop da cantora, entre alguns dos álbuns que fizeram a vez nas rádios pelo mundo. Vamos lá?

E caso não tenha lido a primeira parte, clique aqui.

1992 – Erotica

Liberdade sexual, aceitação, prazer. Essas foram as palavras-chave de Erotica, quinto álbum de estúdio de Madonna. Nesta ode ao sexo e romance, Mistress Dita, seu alter-ego inspirado na atriz Dita Parlo, guia o ouvinte por um universo regado à obsessão, dor e prazer.

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O álbum lançado em 20 de outubro trouxe novos olhares no debate sobre homofobia, hipocrisia e liberdade sexual. Com o medo e a desinformação se espalhando na época pós-AIDS, a juventude precisava de alguém que lhes desse conforto.

Então, Madonna assumiu esse papel, explorando temas sexuais de forma a naturalizar vários espectros das relações sexuais.

Entre discórdia e aplausos

Erotica causou tanta controvérsia quanto aclamação. Por exemplo, a crítica o considerava uma obra de arte, enquanto o público condenava os enormes tabus discutidos.

O lançamento veio logo após a divulgação de Vogue, que contou com a história apresentação de Madonna no VMA. Todo o furor pela sexualidade e sensualidade da diva pop dominava os tabloides, o que acabou incorporando ainda mais em sua identidade com o lançamento que veio junto ao disco.

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Simultaneamente, Madonna lançava SEX, seu livro de fotografias. Incluindo inúmeras participações, o livro conta com conteúdo pornográfico e adulto, incluindo simulações de atos sexuais.

A publicação não foi promovida por apreensão de seus editores, que temiam pelo fracasso comercial da peça. Porém, contrariando as expectativas, SEX vendeu mais de 150 mil cópias só em seu dia de lançamento, tornando-se bestseller na época.

Focado no pop e dance, Erotica mostra que Madonna já não se importava mais em dissociar o artístico do comercial. Agregou inúmeras referências de techno, disco e modern house para produzir um material que quebra estereótipos sobre obras culturais.

Ao lançar o álbum, Madonna desafiou as fronteiras entre o que é conceitual e o que é puro entretenimento. Bem como, o visual moderno e explícito.

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Singles

Dos seis singles lançados, três se destacam: a faixa título, que foi o maior sucesso do álbum; Fever, um cover de Peggy Lee que surgiu de última hora; e Rain, a única balada presente.

Erotica foi banido em vários países asiáticos, como China e Cingapura, mas isso não impediu Madonna de sair em turnê pelo mundo. Com The Girlie Show World Tour, visitou países do Oriente Médio e América Latina pela primeira vez. Mesmo com o frio na barriga dos produtores, a tour arrecadou cerca de 70 milhões de dólares e foi um sucesso absoluto.

1994 – Bedtime Stories

Depois de tanta exposição, Bedtime Stories surge para suavizar a imagem de Madonna. Na tentativa de explorar novos ritmos e abordar críticas, o álbum foi lançado em 25 de outubro sob altas expectativas.

O romance continua como tema central de suas canções, mas desta vez segue embalado por nuances de tristeza. Embalada pelo R&B, Madonna colaborou com Dallas Austin, Babyface e outros artistas. Então, o tom mais “contemporâneo” aproximou a cantora do mainstream.

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O visual de todo o trabalho se projeta em coreografias sólidas. Como em todos seus trabalhos anteriores, Madonna se consagra mais e mais como ícone pop em música e dança. Foi caracterizado pela diva como um período de vingança, pois após a superexposição de sua vida com Erotica, esperava que as pessoas finalmente parassem para se concentrar em sua música ao invés de priorizarem sua vida pessoal.

O disco foi bem recebido pela crítica, conquistando os mesmos adjetivos, como “quente” e “humano”. Mesmo assim, tornou-se o álbum menos executado em suas turnês, que só foi incluído nos setlists na década seguinte, como parte da Drowned World Tour (2001).

Singles

Bedtime Stories lançou quatro singles: Secret, Take a Bow, Bedtime Story e Human Nature. Uma delas, Take a Bow, passou sete semanas no topo da Billboard Hot 100, tornando-se seu single com maior tempo em primeira posição.

1998 – Ray of Light

Em seu sétimo álbum de estúdio, Madonna passava por um dos momentos mais importantes de sua vida. O nascimento de sua primeira filha, Lourdes Maria, inspirava sentimentos únicos na cantora. Além disso, as mudanças em sua vida pessoal inspiraram transformações profissionais.

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Com apenas quatro meses de gravação, Ray of Light foi lançado em 22 de fevereiro, repleto de novidades artísticas. Entre elas, a influência de gêneros como soft rock, música clássica e trip hop. Vocalmente, Madonna também se expressava diferente. Depois do sucesso de seu filme Evita (1996), a diva adotou uma postura mais clássica em sua interpretação vocal.

Vida materna e Cabala

Como dito anteriormente, tornar-se mãe fez com que Madonna se afastasse musicalmente de seus trabalhos mais antigos. Bem como incorporou elementos de outros gêneros musicais e questionou suas composições.

Outra influência pessoal em seu trabalho foi a conversão à Cabala. Por exemplo, a escola de pensamento original do judaísmo fez de Madonna uma estudante da cultura hinduísta, budista e yoguista. Ray of Light não só incorporou uma fase brilhante de Madonna, como também transformou diferentes vertentes musicais em um som coeso e rico.

O trabalho foi altamente premiado, contando com quatro Grammy Awards em 1999. Da mesma maneira que conquistou a certificação de platina quádrupla e o topo das paradas em 17 países.

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Considerado pela própria Madonna como seu melhor disco, Ray of Light figura em várias listas de melhores álbuns, incluindo os 500 títulos elencados pela revista Rolling Stone como melhores de todos os tempos. Neste momento, a cantora alcançou o estrelato global e tornou-se a artista feminina mais rentável de sua geração.

Singles

Frozen, Ray of Light, Drowned World/Substitute for Love, The Power of Good-Bye e Nothing Really Matters foram os cinco singles lançados. A crítica notou a partir deste álbum como Madonna conseguia se adaptar ao cenário musical vigente, competindo de igual para igual com todos os artistas teen pop da época.

Suas letras honestas e alcance vocal aprimorado tornaram este um de seus álbuns mais completos. Por fim, o uso de recursos da eletrônica tornou o disco creditado por conduzir a eletrônica ao mainstream. Reinventando seu estilo musical, Madonna criou tendências que perpetuam até hoje no mundo pop.

2000 – Music

Na virada do milênio, Madonna brilhava como a estrela maior do mundo pop. Estava muito focada em sua carreira no cinema, por isso teve de cancelar sua turnê. Era a revelação do momento após sua atuação premiada em Evita (1996), que conduziu sua carreira aos mais diversos rumos.

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Ao mesmo tempo, mais mudanças giravam em sua vida pessoal. Madonna estava grávida de seu segundo filho e começava seu relacionamento com o diretor Guy Ritchie. Sendo assim, para afastar os holofotes de sua vida privada, concentrou-se na concepção de um novo disco, que serviria como complemento da produção anterior.

Uma mistura dançante e sedutora

Desta maneira, Music surge como um trabalho ainda maior em experimentações. Nele, gêneros como country pop, folk e rock se fazem bem presentes. Por meio da dança e do romance, fala de temas como machismo e inferiorização de gênero.

Conhecido como seu álbum mais dançante e sedutor, ele foi classificado como corajoso, divertido, entre vários elogios. A irreverência de Madonna permanece evidente, considerando, por exemplo, o visual atrevido como cowgirl.

Para a promoção deste álbum e seu antecessor, Madonna embarcou nas turnês Don’t Tell Me Promo Tour e Drowned World Tour. Sendo sua primeira turnê mundial em oito anos. Madonna percorreu apenas seis países, passando somente pela América do Norte e Europa. O lucro de 75 milhões foi inédito para apenas 47 shows realizados.

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Nos apresentações, a diva trabalhou quatro blocos que exploravam a diversidade cultural: Punk, Gueisha/Anime, Country e Latino/Cigano/Urbano. Além de um interlúdio instrumental com Don’t Cry For Me Argentina, apresentava uma versão em espanhol do single What It Feels Like for a Girl, traduzido como Lo Que Siente la Mujer.

Singles

Três singles foram lançados para promover o disco, além de um promocional. O primeiro, homônimo, alcançou o topo das paradas em 25 países; o segundo, Don’t Tell Me, liderou as tabelas nas 10 melhores posições de Austrália, EUA e Reino Unido.

O terceiro, What It Feels Like for a Girl, obteve maior êxito em sua crítica contra a violência. As cenas do vídeo musical causaram censura em vários canais, entre eles MTV e VH1. Mesmo com desempenho comercial moderado, o vídeo cumpriu seu papel como um grito contra o machismo.

2003 – American Life

O nono álbum de estúdio de Madonna foi lançado em 21 de abril. Saltando de volta para o artístico, a rainha traz à tona a superficialidade do Sonho Americano. Contrastantado completamente com sua material girl de décadas anteriores, Madonna rejeita essas imagens e traz uma versão mais madura, consciente e politizada de si mesma.

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Um dos momentos mais sensíveis do álbum é da canção Mother and Father. Nela, Madonna liberta suas angústias sobre a morte da mãe. Desta maneira, ela fala sobre desculpas, rebeldia e responsabilidade, questionando muitas das posturas que adotou nos últimos anos. Mesmo sem forte destaque na divulgação, a composição torna-se um dos momentos mais sinceros do disco.

Um quase retorno as origens

Em meio ao fervilhão de artistas R&B dominando as rádios, Madonna remonta às suas origens com pop e eletrônica como principais referências. O forte apelo político e social das letras é seu diferencial, que trouxe um tom mais pesado ao trabalho.

Para a crítica especializada, Madonna correu vários riscos ao lançar American Life. Além da estreia em meio a uma fase decadente do pop, o álbum não teve grandes hits como seus discos anteriores.

Como conjunto, apresenta múltiplas referências à cultura americana, tornando-se mais conceitual do que esperado. Individualmente, as faixas não foram fortes o suficiente para promoção global. A breve turnê American Life Promo Tour também não ajudou com muito retorno.

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A maior repercussão que Madonna teve neste lançamento foi sua apresentação no MTV Video Music Awards. Dividiu o palco com Britney Spears, Christina Aguilera e Missy Elliott, apresentando Like a Virgin, Hollywood e Work It.

Nesse evento, promoveu um dos maiores rebuliços televisivos ao beijar Spears e Aguilera na boca, o que lhe rendeu forte presença na mídia. Como atuais queridinhas da América, as duas intérpretes representavam as principais concorrências de Madonna na época.

No entanto, contrariando todas as expectativas, a cantora uniu forças e consolidou sua presença e audiência, uma estratégia que tornaria-se vital para manter seu sucesso nos anos seguintes.

É interessante ressaltar que todos os álbuns citados nessa parte da lista foram produzidos pela Maverick Records e Warner Bros. Mas mesmo assim, todos possuem características completamente diversas. Com total controle sobre sua produção e criação, Madonna tomou as rédeas de seu trabalho e fez de alguns desses álbuns suas obras-primas.

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Singles

De American Life foram retirados quatro singles: American Life, Hollywood, Nothing Fails e Love Profusion. Com baixo desempenho comercial, todos performaram de forma genérica, alcançando o topo das paradas em poucos países, como Espanha.

Na próxima parte desta lista, vamos acompanhar um pouco da fase atual de Madonna, com novas influências musicais, tendências e parcerias ousadas. Até a próxima semana!

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