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Mochilada musical

Smashing Pumpkins, o maior, melhor e mais emocionante show

A última vez que havia acompanhado um show do Smashing Pumpkins foi em 2015, no Lollapalooza Brasil. Naquela oportunidade, Billy Corgan era o único da formação original. Mesmo que tenha entregue uma apresentação de bom gosto, o músico parecia abatido. Citou a morte de seu gato durante o show e chegou a declarar em algumas entrevistas que não sabia qual seria o futuro da banda.

De lá para cá, no entanto, muita coisa mudou. Mesmo que ainda não tenha lançado nenhum disco nesse período, Billy Corgan voltou a trabalhar com outros dois membros da formação clássica, James Iha (guitarra) e Jimmy Chamberlin (bateria), o que parece ter mudado de forma positiva os seus planos.

No último domingo (2), a moderna T-Mobile Arena, em Las Vegas, recebeu a banda. O Blog n’ Roll estava lá para acompanhar tudo de perto. E algo que parece bem visível logo de cara é como o vocalista soube explorar o fato de trabalhar com amigos de longa data na atual turnê, Shiny And Oh So Bright.

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Foram 3h15 (!!!) de apresentação, várias inserções de vídeos, efeitos visuais e uma carga emotiva marcante. Impossível não se emocionar logo de cara com uma versão acústica de Disarm, um dos grandes hits da banda, acompanhada de uma coletânea de imagens da infância de Corgan.

A atual turnê prioriza os cincos primeiros discos da banda, mas com uma grande predileção por dois álbuns: Mellon Collie and the Infinite Sadness (com oito canções no set) e Siamese Dream (sete).

Mais do que um show de rock, a apresentação do Smashing Pumpkins reúne vários elementos artísticos, da música aos vídeos, das danças aos efeitos impressionantes no telão.

Quase sem falar nada com o público (nem boa noite), a banda injeta mais emoção ainda com uma versão de Space Oddity, de David Bowie, que ganhou uma interpretação única de Corgan.

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Mesmo sem lotar a T-Mobile Arena, o Smashing Pumpkins reuniu um bom público. Com capacidade para receber até 20 mil pessoas, a casa já recebeu nomes como Rolling Stones, U2, The Killers, Coldplay, Drake, Jay-Z, Bon Jovi, Roger Waters, Queen + Adam Lambert, Iron Maiden, entre muitos outros.

Outro ponto que vale mencionar é a relação entre o público e o setlist. Por se tratar de um repertório quase exclusivo de canções lançadas antes de 2000, é interessante notar a quantidade de jovens na faixa dos 18-25 anos na plateia. Eles não eram os únicos (também tinha muitos tiozões), mas os que mais agitaram. A regra norte-americana de cadeirinha nas arenas não foi páreo para o público, que acompanhou o show todo de pé.

E se o set próprio de Corgan e companhia já soa mais nostálgico, o que falar dos covers? Além de Bowie, a banda apresenta Fleetwood Mac (Landslide), Led Zeppelin (Stairway to Heaven) e Betty Noyes (Baby Mine, trilha da clássica animação da Disney Dumbo). 

Stairway to Heaven, por sinal, é um dos momentos mais curiosos do show. Enquanto Corgan canta e toca piano, uma imagem dele mesmo com uma coroa (tal como uma figura religiosa) é carregada por pessoas encapuzadas e transita entre os fãs. WTF! Um santuário religioso em pleno o show dos Pumpkins? Para alguns pode soar bizarro e divertido, mas muitos fãs se emocionaram (provavelmente com a carga emotiva na voz de Corgan).

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https://www.youtube.com/watch?v=PFZQVcgyuWU

Para não falar que nada novo foi apresentado, a banda deixou para o bis o primeiro single da nova fase, Solara, canção lançada um pouco antes da turnê começar. Justo nesse momento que os integrantes conversaram rapidamente com os fãs. Ou melhor, Iha se pronunciou: “Vamos encarar, é um longo espetáculo. Espero que vocês tenham trazido uma barra de granola ou iogurte para aguentar”. Corgan apenas resmungou que estava muito feliz com o retorno positivo do público.

Acredite se quiser, 3h15 depois do início do show, muitos fãs ainda gritavam por bis e os músicos aparentavam estar dispostos a continuar. Isso reflete bem o clima da atual turnê. Músicos felizes, produção impecável, repertório escolhido com carinho e uma sintonia perfeita com os fãs.

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