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Anderson Paak mantém o nível do rap em alta no palco principal

Fotos: Lucas Sá/Divulgação

Se o Lollapalooza quisesse montar um lineup somente com rap, o retorno de público seria igual ou maior que nas edições tradicionais do evento. Depois de Rincon Sapiência e Chance The Rapper brilharem no primeiro dia, Anderson Paak foi o responsável por manter o nível lá em cima neste sábado (24). Curiosamente, os três representantes do rap foram escalados para o palco principal, o que eleva ainda mais a força do gênero dentro do festival.

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Acompanhado de sua banda Free Nationals, Paak mostrou muita personalidade no palco, fosse cantando, fazendo rimas rápidas ou mexendo com o público, quando arriscou palavras em português como “gostosa”, após um gole num copo de água, ou “tô fodido”, depois de levantar uma lata de cerveja.

O som de Paak, que se apresentou no início da semana no Cine Joia, na Liberdade, é inovador, não fica na mesmice de outros medalhões. Soa como funk, soul, r&b e rap, claro, mas com aquela pegada anos 1990. Agradar a molecada e os mais velhos também.

Se com o microfone na mão, Paak consegue colocar a pista inteira para dançar, o ritmo fica ainda mais frenético quando chega a vez dele ir para a bateria. Sim, o cara é um multi-função no palco. E não é apenas figuração, o músico realmente toca muito bem, mantendo a parte vocal intacta enquanto arregaça com as baquetas.

Quem se acabou de dançar em meio ao público foi a cantora Liniker, que horas antes estava completamente chateada com os problemas técnicos que interromperam sua apresentação no Lollapalooza.

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A apresentação de Paak, que teve pouco mais de uma hora de duração, foi quase toda focada no seu álbum Malibu, lançado no início de 2016. É dele que vem boa parte do repertório.

Se alguém ainda tem dúvida da força do rap nesse Lolla, é bom acompanhar os vídeos nos sites oficiais mais tarde. E isso que ainda nem falamos do Mano Brown e Mac Miller. Se colocassem Kendrick Lamar e Jay-Z para substituir Red Hot Chili Peppers e LCD Soundsystem no primeiro dia, a ideia inicial do texto estaria concretizada. E ninguém reclamaria. Acredite!

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