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Interatividade marca show da Braza em Santos

Pela quarta vez em Santos, a banda carioca Braza comprovou o motivo de ser uma das bandas mais criativas na atualidade. Na última sexta-feira (14), na Arena Club, o grupo tocou por aproximadamente duas horas. Sintonizados e dançantes, os músicos tiveram o apoio dos fãs do início ao fim. A performance começou com a música Liquidificador.

O microfone do vocalista e guitarrista Danilo Cutrim estava baixo. Porém, isso não impediu que o público vibrasse e cantasse junto com a banda. A segunda música foi o hit Segue o Baile, sendo esta seguida pela empolgante Selecta. A introdução desta, conduzida por um saxofone, já trouxe boa parte da plateia para danças e pulos.

A interatividade foi um dos pontos altos da apresentação. Isso porque o público cantava até a capela quando a banda pedia. Além disso, Danilo até chegou a pegar o celular de um fã para filmar a banda e o público. A movimentação dos músicos no palco também foi vibrante e contou com muita sintonia.

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O repertório teve cerca de 20 faixas e atravessou toda a discografia da banda, incluindo faixas do EP Liquidificador (2018) e dos discos Braza (2016) e Tijolo por Tijolo (2017).

Outro ponto marcante da apresentação foi com a música Batida do Amor, do EP split gravado com a Francisco El Hombre, Francisca La Braza. Neste momento, atendendo aos pedidos do Daniel, o público se uniu e gritou os versos em espanhol da faixa.

Momento 013

Foto: Luiz Gustavo Z Negri

Mas, talvez, a parte mais interessante dentre as vezes em que a cantoria foi generalizada, foi justamente quando emendaram uma pausa na execução de Ande, para puxar um trecho de Zóio do Lula do Charlie Brown Jr. O pseudo-cover agradou (e muito).

Crítica a Moro

Fé no Afeto, por sua vez, trouxe um lado mais sombrio, por assim dizer, para a performance. Com riffs mais pesados, a música possibilitou uma série de moshs na parte de trás da plateia. Esta foi uma das últimas do set, pela qual, como outras canções, também obteve breves retomadas em outros momentos.

Foto: Luiz Gustavo Z Negri

Entre um desses, Vitor Isensee (teclado e voz), aproveitou para posicionar-se sobre o recém descoberto desvio de conduta do atual Ministro da Justiça, Sergio Moro. “Não é normal acusador combinar estratégia com julgador”, ressaltou.

Ritmo de festa

É possível resumir o show do Braza como uma espécie de festa, onde todos dançam, cantam, participam e se divertem. Em dado momento, me vi embalado em um dos “trenzinhos”, incentivado pela banda no palco ou pelo público no salão. Houve até uma roda de dança, onde afastavam-se, deixando um espaço vago para isso durante algum tempo de antemão à retomada dos pulos eufóricos.

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E falando em empolgação, diversas vezes pude ouvir gritos similares às torcidas de futebol: “ole ole ola, Braza!”, e “puta que pariu, é a melhor banda do Brasil”.

Briga na plateia

Infelizmente, nem tudo foram flores na noite. Em meio à música Ela Me Chamou Para Dançar Um Ragga, que poderia ter sido um dos grandes momentos do show, ocorreu uma briga entre fãs. O atrito ocorreu, aparentemente, após um empurra-empurra, que rendeu até “banho” de bebida. A banda interrompeu o show logo que percebeu o tumulto entre as duas mulheres. O público vaiou, a briga parou, e o grupo retomou a execução da música.

Gratidão é tudo

Foto: Luiz Gustavo Z Negri

O grupo, também formado por Nícolas Christ (bateria) e Pedro Lobo (baixo e voz), somado ao saxofonista Lodeiro da Silva e um percussionista, sobrou no quesito gratidão durante o encerramento do show. Eles basicamente quebraram o protocolo da tradicional apresentação de músicos à plateia, ao agradecerem, um a um, todos os envolvidos em seu trabalho naquele momento. Tanto responsáveis da casa de show (produção, cozinha e faxina), quanto equipe (fotógrafo, assessoria de imprensa) foram agraciados.

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