Ingressos esgotados há dias, piloto da Fórmula 1 no palco, além de uma energia fora do comum, em uma sintonia perfeita com o público. Foi dessa forma que os suecos do Millencolin fizeram um dos melhores shows de hardcore do ano, nesse sábado (14), no Carioca Club, em São Paulo.
Em sua penúltima data no Brasil (última foi nesse domingo em Curitiba), onde divulga seu recém-lançado álbum True Brew, o Millencolin soube equilibrar o repertório e contemplou os fãs com canções de quase todos os álbuns da carreira. As exceções foram as coletâneas e o disco Machine 15 (2008). Essa é a quinta vez da banda no Brasil.
A apresentação começou com quase 50 minutos de atraso. A culpa, segundo divulgou o jornalista José Norberto Flesch em seu Twitter, foi do vocalista e baixista da banda, Nikola Sarcevic. Ele aguardou o final do jogo entre Suécia e Dinamarca, pela repescagem da Eurocopa. A vitória por 2 a 1 da equipe de Ibrahimovic parece ter animado ainda mais o front man.
Mr Clean – (Crédito: Cientista Surface)
Egocentric Man, do novo álbum, abriu o show. O público, que minutos atrás gritava sem parar o nome da banda, passou a cantar todas as músicas do início ao fim. True Brew e Pennybridge Pioneers (2000) foram responsáveis por quase 50% do repertório, com cinco músicas cada. O primeiro por ser o trabalho atual e o segundo por ter rendido vários videoclipes na época em que a MTV ainda influenciava o público.
O set do Millencolin contou ainda com três faixas do Same Old Tunes (1994), duas do Life on a Plate (1995), duas do For Monkeys (1997), quatro do Home From Home (2002) e duas do Kingwood (2005).
Cash or Clash (Crédito: Anysio Rock Vidz)
Vale destacar a presença de palco explosiva dos dois guitarristas, Erik Ohlsson e Mathias Färm, que pulam, dançam, cantam e vão para cima do público o tempo todo. Não tem descanso para essa dupla.
A banda aproveitou muitos intervalos entre as músicas para insistir na brincadeira do samba. Nikola perguntava aos fãs se eles gostavam de samba ou do Millencolin. Apesar de divertida, a piada foi perdendo a graça a cada vez que era repetida. Um fã até gritou: “Toca logo e cala a boca”. Estava ansioso por mais clássicos. E eles vieram.
Bullion, Dance Craze, Olympic, Mr. Clean (lembra do CD da Fluir?), Lozin Must. O Millencolin tem um repertório rico para os fãs de hardcore. Tudo parece hit. E olha que alguns ficaram de fora, como Move Your Car, Story of My Life, Ray, entre outros.
Fox (Crédito: Anysio Rock Vidz)
Nada que desapontasse o público, que ainda foi brindado no bis com mais canções de peso: Leona, do álbum de estreia, além da linda The Ballad, do Pennybridge Pioneers, no momento violão e voz de Nikola.
O calor em São Paulo era tão forte que o público saiu ensopado de suor lá. Os santistas mais antigos que subiram a Serra para curtir a apresentação devem ter se lembrado, inclusive, do Armazém 7, quando até as paredes suavam.
Mas para aumentar ainda mais o calor na casa, o Millencolin finalizou a apresentação com uma das faixas mais aguardadas pelos fãs, No Cigar, trilha de abertura do jogo Tony Hawk Pro Skater 2.
Happiness for Dogs (Crédito: Anysio Rock Vidz)
Ah, claro, o piloto da Fórmula 1 citado logo no início do texto era o conterrâneo dos caras Marcus Ericsson, da Sauber, que veio ao Brasil por conta do GP de Interlagos. Na prova, o piloto conseguiu ser melhor que Felipe Massa, mas ficou no modesto décimo sexto lugar.
Fotos: Isabela Carrari
Set list
Egocentric Man
Penguins & Polarbears
Twenty Two
Fox
Sense & Sensibility
Happiness for Dogs
Bullion
Man or Mouse
True Brew
Dance Craze
Olympic
Bring Me Home
Cash or Clash
Autopilot Mode
Kemp
Mr. Clean
Bis:
Black Eye
Leona
Duckpond
Lozin’ Must
Farewell My Hell
The Ballad
No Cigar
1 Comment
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Matheus
16 de novembro de 2015 at 14:00
http://www.deezer.com/playlist/1457934037