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Delírios do mais problemático do indie: Pete Doherty em SP

Um dos artistas mais problemáticos das últimas duas décadas, enfim, desembarcou com seu projeto solo no Brasil. O guitarrista e vocalista da britânica The Libertines, Pete Doherty, chegou ao Cine Joia, na Liberdade, em São Paulo, na última quarta-feira, sob muita desconfiança. Para começar, seu voo atrasou e como já havia cancelado uma turnê em cima da hora por aqui, um clima de tensão se instaurou.

Depois, o seu guitarrista de apoio subiu ao palco e deu uma enrolada nos fãs. Cantarolou músicas, abraçou algumas pessoas e falou coisas sem nexo.

Quando Pete Doherty, finalmente, subiu ao palco, os fãs vibraram muito. Ninguém esperava um primor de apresentação. Só de ver o britânico vivo ali, parecia bastar. O músico enfrenta uma dependência química há anos, foi preso mais de 20 vezes (agressões, roubo entre outros delitos) e declarado como morto em algumas oportunidades.

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Esse histórico deu um crédito para o ex-namorado da modelo Kate Moss e amigo/amante de Amy Winehouse. Durante os primeiros 60 minutos de show, Pete Doherty teve alguns momentos de brilho. O seu vocal às vezes parece intacto, mesmo diante dos excessos.

Mas a falta de equilíbrio e noção do que estava fazendo no palco era nítida. Quando acabava uma música, o vocalista e guitarrista do Libertines, simplesmente não sabia o que fazer. Sentava, levantava, chutava o pedestal na direção do público, andava de um lado para o outro e iniciava músicas, aparentemente, não previstas no repertório. Seus músicos de apoio pareciam mais perdidos ainda. Não conseguiam acompanhar a loucura.

Em um determinado momento, Doherty puxou um cigarro para fumar. O seu roadie/babysitter entrou correndo no palco e implorou para ele apagar. Disse que não era permitido fazer isso em espaços fechados, no Brasil. Contrariado, ele cuspiu o cigarro. Mas voltou atrás depois dos gritos de “smoke, smoke (fuma, fuma)”, dos fãs. Não aguentou segurar o cigarro nem por cinco segundos.

Depois de encerrar a primeira parte do show, que teve canções solo, do Babyshambles (outro projeto do músico) e Libertines, pediu para os integrantes saírem do palco. Ficou fora por 16 minutos.

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Quando voltou, Doherty entregou um grand finale para os fãs. Cantou Fuck Forever, principal som do Babyshambles, e causou muito. Mergulhou em cima dos fãs, ficou no chão, com muitos deles pulando em cima. Integrantes do Corpo de Bombeiros, seguranças, roadie, todo mundo invadiu a pista para socorrer o malucão de 37 anos. Um final caótico, mas inesquecível para o público.

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