Aos 26 anos, o britânico Ed Sheeran vive um momento de consolidação da sua breve carreira. Tudo parece funcionar para o ruivo de Halifax, na Inglaterra. É curioso notar que os nomes dos álbuns não condizem com os seus momentos. Em 2015, ele precisou “dividir” sua agenda em duas datas para atender à forte demanda do público em São Paulo, quando tocou no Espaço das Américas, com capacidade para 8 mil pessoas. Na ocasião, ele divulgara seu segundo álbum de estúdio, X (Multiply), que incluía o mega hit Thinking Out Loud.
Sua segunda passagem pelo País, que incluiu uma apresentação no Allianz Parque, em São Paulo, no último domingo, não precisou de nenhuma divisão. Foi necessária uma multiplicação de área, ampliando de 16 mil (público total dos dois shows de 2015) para 40 mil pessoas, com o estádio praticamente lotado. O álbum da vez, veja só, é o ÷, que tem como pronúncia Divide.
Trocadilhos e brincadeiras à parte, Ed Sheeran mostrou no palco por que é um dos artistas que mais vende no mundo. Em 2015, ficou atrás apenas de Adele e Taylor Swift em vendagens. O cenário para este ano não deve ser diferente com o novo disco, que já tem como carros-chefes Shape of You e Castle of Hill.
Sozinho, ele consegue comandar uma apresentação empolgante, sem ajuda de músicos de apoio, dançarinos ou grandes parafernálias. Para não dizer que estava completamente desamparado no palco, Sheeran contou com vários violões (troca diversas vezes, sempre com uma identificação X ou ÷) e um loop pedal, equipamento no qual ele grava, sincroniza e repete diferentes elementos e camadas das suas canções. O palco, bem high tech, com vários efeitos visuais, também dá um suporte bacana para o artista.
Outro ponto que merece ser destacado no show é a renovação do repertório. Foram oito faixas do último álbum, incluindo os dois sucessos citados anteriormente, além do rap Eraser, Happier e Galway Girl.
X, que foi a base da primeira turnê do britânico pelo Brasil, não ficou para trás. Seus principais sons foram incluídos no setlist, como Thinking Out Loud, Sing, Photograph e Bloodstream.
O público de Ed Sheeran, formado em sua maioria por mulheres, casais e pais acompanhados dos filhos, recebeu uma atenção especial do ídolo. Sempre bem-humorado, chegou a pedir para os fãs que fingissem entender o que ele estava dizendo, caso não entendessem inglês. Também pilhou o público para fazer mais barulho que os fãs argentinos.
No final da apresentação, que teve 1h40 de duração, Sheeran voltou ao palco, com a camisa da Seleção Brasileira e uma bandeira do Brasil, para um bis com duas canções para lá de dançantes: Shape of You e You Need Me, I Don’t Need You. Era o que faltava para deixar todos satisfeitos com o espetáculo.
Foto: Manuela Scarpa / Brasil News / Midiorama / Divulgação
Setlist
Castle on the Hill
Eraser
The A Team
Don’t / New Man
Dive
Bloodstream
Happier
Galway Girl
Feeling Good / I See Fire
Give Me Love
Photograph
Perfect
Nancy Mulligan
Thinking Out Loud
Sing
Bis
Shape of You
You Need Me, I Don’t Need You