Na saideira dos grandes shows internacionais de 2025, Limp Bizkit instala o caos no Allianz Parque

Na saideira dos grandes shows internacionais de 2025, Limp Bizkit instala o caos no Allianz Parque

O último sábado (20) marcou um encontro geracional no Allianz Parque, em São Paulo. O Limp Bizkit, um dos maiores expoentes do nu metal, provou que sua relevância em 2025 vai muito além do saudosismo. O que se viu foi uma celebração explosiva de uma sonoridade que, embora frequentemente criticada no passado, hoje é abraçada com uma energia renovada por fãs de todas as idades.

Fred Durst, ostentando seu visual de “vovô do rock” que se tornou sua marca registrada recentemente, comandou a massa com a precisão de um maestro. O show não foi apenas uma sucessão de músicas, mas um espetáculo de entretenimento. Durst sabe como manipular a dinâmica da plateia, alternando entre momentos de pura agressividade sonora e interações descontraídas, mantendo o público na palma da mão durante toda a apresentação.

Crédito: @staff_images / Allianz Parque / Instagram

Enquanto Fred é a voz, Wes Borland continua sendo o motor criativo visual e sonoro da banda. Com seu figurino extravagante e riffs que definiram uma era, Borland entregou uma performance impecável, lembrando a todos por que é considerado um dos guitarristas mais inventivos do gênero. A química entre os membros originais remanescentes transpareceu em cada nota de clássicos como My Generation e Rollin’ (Air Raid Vehicle).

Crédito: @staff_images / Allianz Parque / Instagram

Um dos pontos altos e mais sensíveis da noite foi a homenagem ao baixista Sam Rivers, falecido recentemente. O tributo, antes do início do show, trouxe uma camada de profundidade emocional para a apresentação, equilibrando o “caos controlado” característico da banda com um respeito genuíno ao legado de um de seus fundadores. Foi um momento de união entre banda e público, transformando o estádio em um ambiente de celebração e despedida.

Crédito: @staff_images / Allianz Parque / Instagram

O Limp Bizkit em 2025 é uma banda que entende perfeitamente seu papel. Eles não tentam reinventar a roda, mas sim polir a energia bruta que os tornou gigantes. O Allianz Parque testemunhou rodas de pogo insanas durante Break Stuff, provando que a geração Z e os millennials compartilham o mesmo entusiasmo pela catarse sonora proporcionada pelo grupo. Foi, sem dúvida, um dos shows mais energéticos e memoráveis do ano em solo brasileiro, incluindo até lançamento de fogos de artifício do meio da plateia.