Quem está na casa dos 35 a 40 anos, certamente lembra da explosão de bandas britânicas surgidas nos anos 1990. Oasis, Blur, Suede, entre tantas outas chegavam com status e batizadas como oriundas do brit pop, independentemente do som que tocavam.
Nesse bolo tinha o Pulp, formada no final dos anos 1970, mas que alcançou fama justamente nesse período citado acima. Canções como Disco 2000 mostravam uma sonoridade completamente distinta do Oasis, por exemplo. Enquanto um seguia bebendo na fonte dos Beatles, a outra inovava com um dance rock.
No final dos anos 1990, uma outra banda, também inglesa, surgiu com essa proposta. De Leicester, a Kasabian apareceu com uma combinação de Pulp e Primal Scream. Mas com um diferencial, o vocal e a postura de Tom Meighan, que lembram muito Liam Gallagher, do Oasis.
Quinze anos depois que surgiu, a Kasabian veio ao Brasil. No palco Onix, a banda tocou hits como Clue Foot, Fire, Stevie e Empire, além de uma cover dançante de Praise You, de Fat Boy Slim.
Enquanto Meighan lembra Liam Gallagher pela voz e postura (ele é muito mais simpático com o público do que o brigão do Oasis), o guitarrista e pianista, Sergio Pizzorno, está mais para um Keith Richards moderninho, por conta do jeitão meio despojado.
Pizzorno é um show à parte. Ele convoca o público o tempo todo para bater palmas, acompanhar nos coros e mandar todo mundo tirar o pé do chão. Teve sucesso em todas as tentativas, com o público obedecendo todos os pedidos.
Meighan conversou pouco com o público, mas demonstrou muita alegria por estar diante de um público novo e incansável. Em determinado momento, agradeceu em português o carinho dos fãs. Um deles respondeu de bate e pronto: “Obrigado, você!”
