Lollapalooza! Flaming Lips experimenta, mas não agrada

Lollapalooza! Flaming Lips experimenta, mas não agrada

O Flaming Lips se esforçou muito. Se esforçou tanto que dificilmente perderá o posto de show mais chato (ou bizarro) do Lollapalooza. Co-principal no Cidade Jardim, o mesmo palco do The Killers, a banda de Wayne Coyne apostou em uma apresentação experimental, mas não cativou o público.

Agarrado a um objeto repleto de cabos luminosos e com um boneco no colo, Coyne mudou completamente o que mostrou em sua última apresentação no Brasil. Não andou dentro de uma bolha sob o público, não realizou sua chuva de papeis e o tempo todo manteve uma iluminação sombria no palco.

Durante uma hora e meia, a Flaming Lips apostou em um lado mais psicodélico, deixou boa parte dos hits de fora e só deve ter agradado aos fãs mais fieis. É o tipo de apresentação que ficará marcada como um clássico cult para os mais apaixonados  e um desastre para quem não esperava por isso.

Desastre, inclusive, foi o tema de uma piada de humor negro do vocalista durante a apresentação: “Esse é um dos únicos países entre os quais me apresentei em que vejo aviões indo pousar. Não seria demais se aquele avião explodisse no ar? Seria um momento legal, né? Mas não aconteceu, certo? Então podemos dar risada. A vida é legal”.

Fotos: Davi Ribeiro / A Tribuna