Após o show do Toro y Moi, intervalo no Cidade Jardim e o público se misturou aos fãs de Mike Patton, o eterno vocalista do Faith no More, no palco Butantã, no outro extremo do Jockey Club. Desta vez, no entanto, o frontman veio com um de seus inúmeros projetos paralelos, o Tomahawk.
Patton, que já veio ao Brasil diversas vezes, mostrou muito entrosamento com os brasileiros. Conversou, brincou e abusou do português nas interações com os fãs. Apesar de já ter vindo com o Faith no More, Mondo Cane e Fantômas, o Tomahawk fez sua estreia no País neste sábado.
Em determinado momento da apresentação, Patton foi incitado pelos fãs para gritar “porra, caralho”, como já havia feito na apresentação do Faith no More, no último SWU, em Paulínia.
O guitarrista então perguntou em português: “Que disse¿”. O vocalista, na maior cara de pau, respondeu também em nosso idioma: “Não falo português”, arrancando risos do público. Na música seguinte entrou no coro e repetiu diversas vezes as duas palavras.
Mas o conhecimento de Patton não está restrito ao idioma. Em outra parte do show, o vocalista disse que o baterista John Stainer gostava de cerveja, mas que ele preferia outra bebida. “Eu, não! Sou cachaceiro”, disse em português. Ao final de outra música, soltou um “cacete” no microfone. Entre brincadeiras e muita disposição, Patton fez o seu papel e garantiu pontos com os fãs.
No repertório, um breve apanhado dos quatro álbuns do Tomahawk. Destaque para Mayday, que abriu o show, Flashback, Totem, Oddfellows (do recém-lançado álbum que leva o mesmo nome da canção), Birdsong e o cover de How Low Can A Punk Get, do Bad Brains.
Os integrantes do Queens of The Stone Age assistiram a apresentação do Tomahawk no palco. O vocalista Josh Homme parecia muito empolgado com a presença explosiva de Mike Patton.
Fotos: Davi Ribeiro / A Tribuna
Set list:
Mayday
God Hates a Coward
Flashback
Oddfellows
Birdsong
Rape This Day
Capt. Midnight
White Hats / Black Hats
South Paw
Totem
Laredo
How Low Can a Punk Get (Bad Brains cover)