Manowar faz show barulhento e leva fãs ao delírio no Anhembi

Uma das bandas mais incompreendidas do metal, o Manowar entregou o show mais pesado do Monsters of Rock. Conhecida pelos temas de fantasias e mitologia nórdica nas letras, a banda costuma ser alvo de chacota das pessoas que desconhecem o grupo. Seus fãs, no entanto, são uns dos mais fervorosos. E provaram isso durante os 90 minutos de apresentação.

Fazer barulho não é novidade para o grupo, que fez tremer o chão do Anhembi. Em 1984, a banda foi incluída no Guinness Book, por fazerem, ao vivo, o som mais alto já registrado em um show. Recorde que já foi quebrado duas vezes por eles mesmos.

Em cena, o Manowar exibe várias imagens de guerra, desenhos de guerreiros musculosos, que ilustram seus álbuns, além de homenagens aos ídolos Richard Wagner, o cineasta Orson Welles e o vocalista Ronnie James Dio.

Os Manowarriors, como são conhecidos os fãs do Manowar, cantaram todas as músicas com com os braços cerrados no gesto característico dos integrantes da banda. Kill With Power, The Dawn of Battle, Warriors of the World United, Kings of Metal foram algumas das canções mais celebradas pelo público.

A ligação do Manowar com o Brasil é forte. Além da participação do músico Robertinho do Recife no show, o vocalista Eric Adams fez questão de conversar em português com os fãs: “Para quem não gosta do Brasil, a gente diz ‘vai se foder’. Para quem não gosta dos fãs do Manowar, a gente diz o quê?”

No final da apresentação, o outro integrante da formação original, Joey DeMaio, que acompanha Adams desde 1980, estourou as cordas do baixo e as distribuiu para as fãs.

Mas o show do Manowar não acabou naquele momento. Horas depois, antes do início da apresentação do Kiss, era comum ver Manowarriors com os braços erguidos e cerrados gritando o nome da banda. E não vão parar tão cedo. A apresentação, mesmo longe do recorde mundial de cinco horas e um minuto (na Bulgária, em 2008), ficará gravada na memória dos fãs brasileiros.

Fotos: Ale Frata / Monsters of Rock