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No meio do “bloquinho”, Real Friends faz estreia em SP com show intenso

Quem foi até a Jai Club no último sábado (23), encontrou uma cena bem fora do comum. Enquanto o público começava a chegar para assistir ao show do Real Friends, rolava um bloco de carnaval tocando todos os clássicos dos pagodes dos anos 90. E muita gente entrou na brincadeira e já começou a diversão ao som do trio elétrico.

Porém, não estou aqui para falar dos “bloquinhos”. Mas, sim da apresentação de uma das bandas de pop punk americanas que está em ascensão e o motivo do público enfrentar essas “adversidades carnavalescas”. Então, vamos lá!

Take The Risk

Os paulistanos do Never Too Late foram escalados para ser a banda de abertura do evento. Com um set curto, 10 músicas, o quarteto deu foco para as canções do EP Premiere (2015) e no disco No Return (2016). Apelando para frase clichê, “jogando em casa”, foi fácil eles conquistarem o público.

Desde os primeiros acordes de Walls até fechar o show com Double Trouble, era possível ver muita gente cantando e se divertindo. Opposite Ways, Take The Risk e Never Tell Me the Odds também foram músicas que agitaram os fãs e amigos da banda. Finalizando seu segundo disco, a banda aproveitou para apresentar a inédita Maze; e para mostrar o que vem por aí, eles incluíram no repertório Rock Bottom, uma cover de Modern Baseball.

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O Never Too Late cumpriu bem sua missão de ser a banda de abertura e fez uma excelente apresentação. Na verdade, eles foram responsáveis por espalhar a gasolina para o incêndio que viria a seguir!

FOTOS: Dayane Mello / Divulgação (Solid Music)

Me First

Confesso e não vou negar: eu subestimei o Real Friends. Abrindo com a dobradinha Me First e Get By, singles do álbum Composure (2018), o show pegou fogo muito antes do que eu esperava. E isso foi incrível de assistir. Tanto o público quanto a banda estavam em sintonia e trocava uma energia intensa. Algo que vi poucas vezes na vida.

Apesar de dar um foco maior no mais recente trabalho, o quinteto conseguiu trazer faixas dos primeiros materiais. E para a surpresa deles, o público sabia as letras e deixou a apresentação ainda mais bonita com diversos “sing-a-long”. Maybe This Place Is The Same… e I Don’t Love You Anymore, canções do disco Maybe This Place Is the Same and We’re Just Changing (2014), são alguns exemplos de quando a plateia fez bonito.

Diferentes experiências…

Entre as pausas para afinar os instrumentos, beber uma água e se recompor, o vocalista Dan Lambton conversou bastante com o público. O músico falou um pouco das suas experiências – boas e ruins – nos poucos dias no Brasil. Comentou sobre o desafio de tentar falar português na hora de pedir um café e aprender sobre o nosso estilo de vida. Também relatou quase ter sido roubado no Rio de Janeiro, mas ter conseguido recuperar o celular com a ajuda de algumas pessoas.

Lambton ressaltou que a turnê na América Latina será uma experiência incrível, pois sua mãe é Colombiana e pela primeira vez está tendo um contato maior com uma comunidade latina fora dos Estados Unidos. Em outro momento, o assunto foi os lanches do Prime Dog e o quanto todos os integrantes gostaram da comida do restaurante próximo a Jai Club.

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From the Outside… Mess

O setlist foi dividido por fases da banda. As músicas faziam dobradinhas referente a algum trabalho específico. Por exemplo, muita gente se empolgou com a dupla recente Unconditional Love e Composure. E logo em seguida o mesmo aconteceu com Late Nights In My Car e a balada I’ve Given Up On You do EP Put Yourself Together (2013).

A parte final do show foi dedicada aos principais singles e canções mais poderosas do Real Friends. Summer, Loose Ends, Anchor Down e Mess deram uma nova energia para o público que já estava cansado. Porém, o grande momento foi com From The Outside, faixa que encerrou muito bem a apresentação intensa e enérgica do grupo.

Se depender da recepção do público paulista e o feedback da banda, o Real Friends terá boas lembranças da sua estreia em São Paulo. Um show cheio, transbordando energia e que me surpreendeu de diversas formas. Poucas vezes uma entrega tão grande do público e da banda que entraram em um ritmo acelerado. Não dá para dizer que eles se livraram da maldição “Come to Brazil”, pois os fãs vão querer mais shows deles por aqui!

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