Primal Scream entrega um dos melhores shows da temporada na Audio

Primal Scream entrega um dos melhores shows da temporada na Audio

Com mais de quatro décadas de carreira, o Primal Scream desembarcou para sua quarta visita ao Brasil nesta última terça-feira (11/11), embalado pelo lançamento do seu 12º álbum de estúdio, o elogiado Come Ahead. O show, realizado na Audio, apresentou uma banda afiada e com formação completa, que incluiu baixo, bateria, guitarra, saxofone, teclado e duas backing vocals.

O clima de festa começou com Don’t Fight It, Feel It, do clássico Screamadelica, que abriu a noite colocando o público para dançar. A canção foi emendada com a soul Love Insurrection, do álbum mais recente, e a stoneana Jailbird, do Give Out but Don’t Give Up.

Essa foi a tônica da apresentação, que mesclou clássicos da banda com músicas mais recentes — um indício de que o grupo segue olhando para frente de forma ativa e produtiva.

Um dos pontos altos sobre o show do Primal Scream é, justamente, a capacidade que a banda tem de fundir faixas de diferentes fases e dar a elas uma roupagem orgânica e uniforme ao vivo. Tudo soa muito coerente, vibrante e extremamente dançante.

Um dos momentos mais bonitos da noite foi com I’m Losing More Than I’ll Ever Have, balada do segundo disco da banda, que teve como destaque o canto quase gospel das backing vocals.

Crédito: Leandro Godoi

Com quase duas horas de show, a banda não decepcionou em momento algum e entregou hits como Swastika Eyes, Loaded e Movin’ on Up, encerrando a primeira parte com Country Girl.

No retorno para o bis, trouxeram Damaged e Come Together, ambas de Screamadelica, e finalizaram com a eletrizante Rocks.

A banda se despediu, as luzes da casa se acenderam e, quando boa parte do público já se dirigia à saída, enquanto outros caçavam palhetas pelo chão, eles voltaram e mandaram, de surpresa, a proto punk No Fun dos Stooges. O cover foi acompanhado por uma invasão de palco, passando a sensação de que aquela noite tinha sido muito especial tanto para o público quanto para a banda. Uma noite memorável onde o Primal Scream nos relembrou como um show de rock deve ser: dançante e vibrante.