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Sem baixista, Primal Scream embala noite paulistana com hits dançantes

Fotos: Isabela Carrari

A entrada da banda escocesa Primal Scream no palco do Tropical Butantã, em São Paulo, na última quarta-feira, deixou muita gente sem entender o que estava acontecendo. Pontuais, os músicos surgiram sem a baixista Simone Butler. Gripada, a integrante já havia desfalcado a Primal Scream em um show na Nova Zelândia, na semana passada, mas havia uma expectativa pelo retorno.

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Até que ponto isso mexeu com o vocalista, Bobby Gillespie, não é possível saber, mas ele demorou um pouco para se soltar no palco. Parecia meio anestesiado nas primeiras músicas. Com a resposta positiva do público, que lotou a casa, Gillespie retomou a postura que lembra em alguns momentos Mick Jagger.

No palco, o repertório apresentado prestigiou o principal disco da banda, Screamadelica, de 1991, que já havia sido tocado na íntegra na última passagem deles pelo País, em 2011. Na quarta, quase um terço da setlist veio desse álbum: Slip Inside This House, Higher Than the Sun, Loaded, Come Together e Movin’ On Up, as duas últimas fecharam a noite, com o público cantando junto.

Pela quarta vez no Brasil, a Primal Scream sempre foi uma banda à frente no seu tempo. Em 1991, os músicos já conseguiam casar o acid house das raves europeias com o rock alternativo ou o house com o psicodélico. Casamentos sonoros que são classificados como modernos atualmente.

E a importância do Screamadelica é notada em listas conceituais e respeitadas como uma do The Guardian, que enumerou os 50 discos que mudaram a cara da música.

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Mas a Primal Scream não parou em 1991. Muito pelo contrário, sua trajetória seguiu com mais discos marcantes, como Give Out But Dont’ Give Up, de 1994, que rendeu dois dos momentos mais animados da noite, com as faixas Jailbird e Rocks, um dos maiores hits dos veteranos e com uma cara bem stoniana.

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A discografia da Primal Scream também não ficou parada nos últimos anos. Em sequência vieram Vanishing Point (1997), XTRMNTR (2000), Evil Heat (2002), Riot City Blues (2006), Beautiful Future (2008), More Light (2013) e Chaosmosis (2016). Dessa leva, sete faixas entraram no repertório.

Na apresentação de São Paulo, Gillespie teve a companhia de Andrew Innes (guitarrista, desde 1987 na banda), Martin Duffy (tecladista e sintetizadores, 1989) e Darrin Mooney (baterista, 1997). Innes, por sinal, é quem garante os momentos mais animados no palco, mas nada de interação com o público. Nem ele ou Gillespie gastam o tempo com conversa fiada. É som atrás de som durante pouco mais de 1h30. E ninguém reclama disso. Ainda bem.

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Boogarins
Responsável pela abertura da noite, a banda goiana Boogarins mostrou que o rock nacional vai muito bem, obrigado. Com um set de uma hora de duração e forte apoio do público, o Boogarins mostrou o que levou os caras a serem escalados no Coachella, em abril. Show de alto nível.

Os discos Lá Vem a Morte e Manual foram a base do repertório dos goianos. Sou um admirador do som do Boogarins há tempos, mas ainda não havia assistido um show dos caras. Fiquei muito empolgado com o funcionamento das faixas ao vivo. Destaco Elogio à Instituição do Cinismo, Doce e Auchma.

Vale destacar também o profissionalismo dos organizadores do evento, a Balaclava Records. Tudo funcionou com condições boas, apresentações pontuais, além de entrada e saída do público com tranquilidade.

Repertório do show do Primal Scream
Slip Inside This House
Jailbird
Can’t Go Back
Shoot Speed/Kill Light
Kill All Hippies
Trippin’ on Your Love
Higher Than the Sun
(I’m Gonna) Cry Myself Blind
100% or Nothing
Swastika Eyes
Loaded
Country Girl
Rocks

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Bis:
I’m Losing More Than I’ll Ever Have
Come Together
Movin’ On Up

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