Por Victor Birkett
As bandas americanas Anberlin e Dashboard Confessional se apresentaram em São Paulo no último sábado (9), no Carioca Club, para um público que esgotou os ingressos cerca de um mês antes do evento.
Pouco mais de 18h30, Chris Carrabba, vocalista do Dashboard Confessional, sobe ao palco acompanhado apenas de seu violão. A passagem da banda pelo Brasil já havia sido divulgada como solo/acústica de Carrabba. Abriu o show com The Places You Have Come To Fear The Most, levando boa parte dos presentes, que já ocupavam mais da metade da casa de shows, ao delírio. As palmas seguiram marcando o ritmo das canções durante toda a apresentação.
Seguiu com faixas como As Lovers Go, The Good Fight e Screaming Infidelities. Show um tanto monótono e morno para quem não conhecia o trabalho ou não era fã, como eu. Tinha a atenção chamada apenas em notas altas de vocais com longas extensões, como em Remeber to Breathe. Já quem estava ali para ver a banda, foi recebido com um concerto um tanto intimista, que seria melhor apreciado em um local para espectadores sentados. Fechou a apresentação com Stolen, Vindicated e Hands Down. A última, sem sombra de dúvidas, a mais cantada.
Depois de um tempo para a troca de palco, a cortina se abre e os membros do Anberlin vão surgindo conforme a introdução eletrônica. Começaram o show com The Resistance, seguida de Paperthin Hymn e We Owe This to Ourselves. Logo depois tocaram Someone Anyone, primeira faixa a ser apresentada do atual álbum do grupo, Vital, que logo percebi que é o CD mais feito para se “tocar ao vivo” da carreira dos estadunidenses.
“Obrigado São Paulo”, disse Stephen Christian, vocalista, com seu sotaque carregado, completando o comentário apresentando o nome da banda. O show se mostrou com muita energia logo no início, me pegando de surpresa. Esperava uma apresentação mais regada a baladinhas e coros. Execuções perfeitas dos efeitos de guitarra e eletrônicos que estão no Vital. Little Tyrants, Modern Age, Other Side e Self-Starter foram as escolhidas do lançamento para o concerto.
Me arrisco a dizer que a lenta e bonita The Unwinding Cable Car foi o ponto alto da noite, sendo cantada pela casa inteira, enquanto olhava ao lado e via amigos se abraçando, meninas chorando, entre outras coisas.
Singles de grande sucesso como Impossible, Feel Good Drag e a agitadíssima Godspeed também tiveram lugar no repertório. Fizeram seu encore, o famoso “bis”, com *Fin, música que só foi executada pela banda em terras brasileiras nesta data. Grande apresentação para ficar na memória dos fãs tupiniquins do quinteto.
Anberlin – The Unwinding Cable Car (por SiteCongelando)
Dashboard Confessional – Hands Down
