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Nem pediram, mas Bruce Springsteen tocou Raul em SP

A edição norte-americana da revista Rolling Stone divulgou recentemente o resultado de uma enquete sobre o melhor show do planeta na atualidade. Músicos, críticos e pessoas ligadas à indústria da música apontaram o concerto de Bruce Springsteen e sua E Street Band como o número um.

Atração principal da noite deste sábado no Rock in Rio, que tem transmissão pela TV Globo e Multishow, a partir da 0h, o músico abriu sua turnê pela América do Sul na última quarta-feira, em São Paulo. E, se alguém tinha alguma dúvida sobre o recente título, certamente não tem mais.

Em uma apresentação que durou 3 horas e 16 minutos, Bruce Springsteen, que retornou ao País 25 anos depois de sua primeira turnê por aqui, agradou em cheio os fãs. O público paulistano pode dizer por ai que assistiu a um show intimista do músico norte-americano. Acostumado a tocar em estádios lotados, o cantor fez seu concerto no Espaço das Américas, na Barra Funda, para pouco mais de 7 mil pessoas.

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Bruce Springsteen mostrou que consegue compensar a falta de explosões e efeitos especiais – recursos utilizados em megashows – com muita dedicação, carisma e uma banda fantástica com quarteto de metais, piano, teclado, sanfona, violino, backing vocals e tudo mais.

Se os artistas estrangeiros decoram algumas palavras em português para mexer com o público, o The Boss (chefe) foi mais além. Abriu sua apresentação com um cover de Sociedade Alternativa, de Raul Seixas, cantada quase na íntegra pelo músico e em uma versão um pouco mais rock and roll.

Mas o lado carismático de Bruce não parou por ai. Ele mergulhou no público, sendo carregado da metade da pista até o palco, trocou beijos e abraços com vários fãs, correu por quase toda extensão da casa, atendeu vários pedidos de músicas, pegando os cartazes das mãos da plateia, virou um copo inteiro de cerveja de um cara, acariciou a barriga de uma grávida, se declarou para uma senhora na beira do palco, carregou uma fã mirim no ombro entre outros gestos simpáticos.

Em outros dois momentos divertidos, ele chamou um jovem casal ao palco para que o rapaz pudesse pedir a namorada em casamento na canção She’s the One e puxou algumas fãs (Brazilian Dancers, como estava escrito na placa) para dançarem o hit Dancing in the Dark.

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Ao todo, 29 canções foram tocadas e quase todos os hits foram lembrados. As duas únicas grandes exceções foram Glory Days e Streets of Philadelphia (raramente apresentada nos concertos). Thunder Road, Born in the USA, Born to Run e Dancing in the Dark vem quase em sequência na parte final do show.

Mas os hits se espalharam ao longo do concerto. The River, Hungry Heart, Bobby Jean, além de Because the Night, de Patti Smith, também entraram no repertório. É impressionante notar que o artista praticamente não para o show. São mais de 3 horas sem intervalos. Quando demorava menos de dez segundos para iniciar uma nova música, o público já chamava: “Olê, olê, olê… Bruce, Bruce!”.

Sem fazer comparações com shows de festivais – normalmente com tempo reduzido – Bruce Springsteen cantou por mais tempo que Offspring (1h15) e Kiss (1h30) em suas últimas apresentações em São Paulo. Isso tudo aos 63 anos.

Na reta final, Bruce ainda guardou para os fãs uma longa versão de Shout, dos Isley Brothers, e This Little Light of Mine. A banda se retira do palco, mas o Boss se mantém firme lá. Faz um discurso para se desculpar pelo longo período longe do Brasil, promete um retorno muito em breve e elogia os fãs: Vocês são o melhor público do mundo”. Uma versão acústica de This Hard Land dá numeros finais a um dos melhores shows de rock da história de São Paulo.

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Set list
Sociedade Alternativa (Raul Seixas)

We Take Care of Our Own

Badlands

Death to My Hometown

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Spirit in the Night

Darkness on the Edge of Town

Prove It All Night

No Surrender

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Bobby Jean

Hungry Heart

The River

American Skin

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Because the Night (Patti Smith)

She’s the One

Darlington County

Working on the Highway

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Shackled and Drawn

Waitin’ on a Sunny Day

The Rising

Thunder Road

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Land of Hope and Dreams

We Are Alive

Born in the U.S.A.

Born to Run

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Dancing in the Dark

Tenth Avenue Freeze-Out

Shout (The Isley Brothers)

This Little Light of Mine

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This Hard Land

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