Foto: Camila Cara/Divulgação/Lollapalooza
Desde que algumas pesquisas e paradas de sucessos apontaram o hip hop como o gênero mais popular do mundo, desbancando o rock na temporada passada, produtores, crítica especializada e público em geral se renderam ao som. O reflexo disso foi visível durante a programação do palco principal do Lollapalooza.
Logo no início da tarde, o paulistano Rincon Sapiência provou o motivo do rap ser muito mais atraente que o rock atualmente. Se boa parte das bandas rock segue clichês, demonstra pouca ousadia na hora de conversar com outros sons, o rap assume esse posto sem problemas.
Durante sua apresentação, Rincon contou com uma bateria pesada, trazendo um quê de Nação Zumbi, BaianaSystem e outros semelhantes. Em outra parte do show, acompanhado da parceira IZA, o rapper colocou o público para dançar na recém-lançada Ginga.
Galanga Livre, disco de estreia do paulistano, lançado no ano passado, foi considerado um dos melhores da temporada. E foi dele que veio boa parte da setlist, que teve ainda singles de versos livres divulgados pelo cantor nos últimos três anos.
Do repertório destacaram-se as canções A Coisa Tá Preta, Crime Bárbaro, Meu Bloco, Galanga Livre e Ponta de Lança, todas acompanhadas pelos fãs nos coros e danças.
O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) também foi lembrado por Rincon, tal como o Vanguart havia feito um pouco antes. Sempre que podia, entre uma música e outra, o rapper gritava o nome dela e o público respondia com “presente”, demonstrando total apoio ao manifesto.
“Nunca é demais repetir isso. Marielle presente. Nós temos um índice de homicídios de pretos muito alto. Mulheres negras também”, reclamou.