Depois do choque com a notícia do hiato, os fãs da banda Strike puderam respirar tranquilos novamente após a apresentação da banda na Arena Club Santos, no último sábado (24), com o especial Desvio de Conduta. O evento, que serve de aperitivo na celebração dos dez anos de seu icônico álbum de estreia, contou com o apoio de bandas locais e agradáveis surpresas.
A noite começou com apresentações cheias de fôlego das bandas Big Heads e Autêntica, com bastante presença de palco e uma boa seleção de músicas autorais. Em seguida, uma sequência de covers tomaram conta do espaço, tornando a atmosfera um pouco mais conhecida. Entre eles, destaque para os excelentes tributos ao Charlie Brown Jr., que nunca podem faltar na casa da família 013.
O evento contou com a participação de Teco Martins (Rancore) e Mi Vieira (Glória), que fizeram o máximo para aquecer o público. Quando os garotos da Strike subiram ao palco, não houve dúvida: todos os fãs que acompanharam a trajetória da banda desde seu comecinho puderam reviver as memórias da adolescência, que com toda certeza foi acompanhada desta mesma trilha sonora, como o próprio vocalista Marcelo Mancini brinca logo no começo do show.
O emocional falou mais alto quando sucessos como Dogtown Style e A Tendência embalaram o público. O agradecimento emocionado de Mancini aos fãs santistas veio com mais um tributo ao Charlie Brown Jr., prestigiando também o baterista Bruno Graveto, que dedicou todo seu carinho ao público e aos irmãos Chorão e Champignon.
Todos os hits estiveram presentes. O Jogo Virou e Sol de Paz contaram com um coro totalmente envolvido, enquanto alguns dos fãs aproveitaram a chance de subir ao palco e cantar junto à banda. Seguindo os pedidos da multidão, Strike embalou alguns covers como American Idiot, do Green Day, e Dammit, do Blink-182, desafiando o público a formar suas rodas punk.
Na sequência, Sem Moderação, Fluxo Perfeito e Paraíso Proibido foram as mais prestigiadas. No bis, a banda finalizou com Sempre Quis, cheia de carisma e com ótima energia.
Sobre tocar em Santos, Mancini comentou se sentir em casa: “é sempre uma honra pisar nos palcos daqui”. Para Graveto, nascido em Santos, essa conexão poderosa fortalece o sentimento: “tocar em casa é sempre especial. A galera ficou até o final, pulou e evoluiu com a gente, deu energia para fazermos um ótimo show”. Mesmo entrando mais tarde que o habitual, a banda contou com apoio total dos fãs do início ao fim, fazendo valer a proposta de seu retorno.
Comentando sobre o novo projeto que já está em andamento, Mancini ressalta que haverão influências diferenciadas. A nova proposta conta com um pouco de rap e eletrônica, mesclando andamentos diferentes, mas sem perder a linha já conhecida do Strike.
“Nossas rimas estarão ali. Queremos experimentar uns ritmos eletrônicos, mas a essência do Strike permanece”.
Como a decisão de continuar o trabalho da banda veio há pouco tempo, ainda não há uma estimativa de lançamentos, mas Graveto revela que já existem algumas músicas quase prontas. “Vamos organizar a casa e nossos esboços, estamos afim de experimentar um pouco da essência de cada um”, afirma.
Como a banda assinou na declaração oficial de retorno em sua página no Facebook, “os sonhos não morrem”. Agora, temos absoluta certeza de que essa jornada apaixonada do Strike está só começando, aguardando ansiosamente por novas perspectivas e muita inovação, sem moderação.
Fotos: reprodução – Facebook Oficial Banda Strike / Luringa / Marcela Sanches
