A Supercombo retornou a Santos na última quinta-feira (8). O show aconteceu na Comedoria do Sesc Santos, tendo duração ao entorno de 1h30.
O repertório visou principalmente o recente álbum Adeus, Aurora (2019) – feito em alusão a HQ de mesmo nome lançada pela banda em 2018. Aliás, rolou até um bate papo sobre o projeto gráfico momentos antes da apresentação.
A casa estava literalmente lotada (com público esperando desistência de ingressos na porta). Na oportunidade, o quinteto usou e abusou da interatividade com o público, colocada em momentos chaves, que pareciam ensaiados de tão eficientes.
Era visível a felicidade no olhar de todos os integrantes – um semblante completamente distinto ao que presenciei na última vez que assisti ao grupo ao vivo, no Arena Festival de 2018.
O repertório também contemplou hits como Bonsai, Monstros, Sol da Manhã, Amianto, entre outros. Porém, o êxtase deu-se nas aclamadas novidades Menina Largata, Maremotos e Meu Colorista.
Esta última, inclusive, obteve um momento mais do que inusitado. Nela, Léo Ramos fez uma espécie de screamo, justamente no que parecia ser a parte final da faixa. Logo em seguida, a mesma retornou para o contexto pop rock. Simplesmente amei isso.
E por falar em pop rock, acredito que toda a nova cara da Supercombo se resuma neste gênero. Contudo, envolto à intensas nuances de música eletrônica e Indie rock. Uma mistura dentre Cake, Twenty One Pilots e diversas pitadas brasileiras.
Participações especiais no Supercombo
A noite foi recheada de participações especiais, sendo duas destas provenientes de Santos: Helena Papini e Dani Vellocet.
A primeira, tocou baixo em uma das primeiras faixas do set. Enquanto isso, Dani cantou a música Cela, cantando os versos que originalmente cabem à baixista Carol Navarro.
Ambas retornaram ao palco no fim do show, durante a execução de Piloto Automático. A música iniciou-se numa melodia baseada no âmbito do reggae, porém logo ganhou força com os timbres maravilhosos da cantora Isa Salles (aquela mesmo que participou do The Voice e forma o Scatolove com o vocalista Léo Ramos, da própria Supercombo).
Depois disso, a canção gradativamente levou os fãs ao delírio conforme acentuava-se com distorções e afins.