A maior surpresa do festival veio logo após o Story of the Year: The Maine. A banda do Arizona, nos Estados Unidos, nunca havia prendido minha atenção, mas confesso que o show tornou ela muito mais interessante.
A boa curadoria de canções somada com o carisma de um vocalista muito extrovertido deixou tudo mais fácil. John O’Callaghan é daqueles frontman que faz o show passar tão rápido que você reclama quando acaba pensando que eles tocaram menos que os outros.
A apresentação teve início com Touch, último single divulgado pela banda e parte de uma coletânea de faixas que não foram aproveitadas nos álbuns anteriores, Dyed (2008-2023), lançado em janeiro.
A sequência dançante do The Maine veio com a ótima Don’t Come Down, a vibrante Numb Without You, além de Like We Did (Windows Down).
Durante todo o show, John fez questão de manter uma conexão completa com os fãs. Aceitou um chapéu descolado de um fã, atendeu pedidos da plateia, fez amizade com o cinegrafista brasileiro que estava captando apresentação para o telão, entre outras coisas.
Já na reta final recebeu dois fãs, um para cada música. Sim, o show do The Maine virou um karaokê, mas ninguém reclamou. Pelo contrário, o vocalista atraiu novos fãs e certamente verá sua fanbase crescer no Brasil após a passagem pelo Wanna Be Tour.
Pra quem não conhecia o som ainda, vale mergulhar na discografia completa. Oito dos dez discos foram bem representados no set equilibrado, que trouxe entre uma ou duas músicas de cada trabalho de estúdio.
Setlist
Touch
Don’t Come Down
Numb Without You
Like We Did (Windows Down)
Sticky
Everything I Ask For
Dirty, Pretty, Beautiful
Am I Pretty?
Girls Do What They Want
Loved You a Little
Blame
Black Butterflies and Déjà Vu