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Entrevista | Black Mantra – “A fase Racional, do Tim Maia, ressoa até hoje”

A segunda noite do Santos Jazz Festival contará com homenagens a Johnny Alf, Tim Maia e Chico Buarque, além do lançamento do novo álbum do virtuoso guitarrista santista Mauro Hector. Toda a programação desta sexta-feira (26) será no Arcos do Valongo (Rua Comendador Neto, 03, em Santos). A entrada é gratuita.

Entre os destaques da noite está a apresentação do grupo de funk e soul Black Mantra com BNegão (Planet Hemp). Homenageando Tim Maia, na fase Racional, eles fecham a noite com show previsto para ter início às 23h30. 

Canções como Imunização Racional (Que Beleza), Bom Senso e O Caminho do Bem são alguns dos sucessos dessa safra singular da década de 1970 do maior nome do soul brasileiro.

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“A junção que deu origem a esse projeto nasceu de um convite pra uma festa do Daniel Tamenpi, um dos maiores pesquisadores de música. E deu tão certo que tem esgotado ingressos há anos. É um prazer danado fazer esse som com a Black Mantra, uma banda absurdamente potente, o que acaba permitindo ter a pressão do som de hoje com aquele repertório maravilhoso do Tim. É isso que vamos levar ao Santos Jazz”, detalha o rapper BNegão, um dos mais criativos artistas da atualidade, MC da banda Planet Hemp.

O baixista do Black Mantra, Caio Laser, conversou com o Blog n’ Roll sobre o show em Santos e a importância de destacar a fase Racional, de Tim Maia. Confira abaixo.

Santos Jazz Festival – programação de sexta-feira (26)

18h – VDJ Jô Discolada
19h – Mauro Hector Trio – Lançamento do novo álbum “Keep on”
20h30 – Choro de Bolso & Conrado Pouza – 80 anos de Chico Buarque
22h – GENIALF – Vitor Cabral Septeto & Thalma de Freitas
23h30 – Black Mantra & B Negão – Show Tim Maia Racional
01h – DJ Jô Discolada

Como funciona esse show em homenagem ao Tim Maia? Vocês tocam a fase Racional na íntegra?

O show é composto por um apanhado de músicas emblemáticas dos três discos da fase Racional do Tim Maia. A partir dessa primeira seleção de músicas vemos a melhor maneira de executá-las pensando na nossa formação, instrumentação e na performance do BNegão, seja a proximidade dele com as letras, tons. 

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Além desse olhar mais técnico sobre as músicas, tem uma análise sobre a atmosfera que o disco traz e como reproduzir ela ao vivo, hoje em dia. O show é construído com um momento inicial com apenas a banda tocando músicas instrumentais, daí com o público já aquecido convidamos o BNegão ao palco e juntos entramos na fase Racional.

Na opinião de vocês, o que faz da fase Racional algo tão icônico na música brasileira?

Nos discos dessa fase do Tim Maia, a gente percebe uma energia diferente e única. A performance do Tim cantando, compondo, escrevendo sobre o Universo em Desencanto. A construção das músicas, dos grooves, dos solos, da atmosfera mencionada anteriormente. Essa junção de todos esses elementos fazem esse disco ressoar até hoje.

A Black Mantra também possui um trabalho autoral incrível. Como estão os planos do grupo? Tem algum álbum ou EP por vir?

O Black Mantra em 2024 completa dez anos de atividade. Também como forma de comemoração estamos finalizando a pré-produção do nosso terceiro disco de estúdio autoral e temos pretensão de circular a partir dele com shows instrumentais sem convidados. 

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Uma grande novidade que está por vir é um show também comemorativo aos dez anos de carreira, o qual faremos dia 28 de setembro no Sesc Guarulhos, em que nos transformaremos em uma orquestra. A ideia do show é agregar ao nosso octeto outros sete músicos e musicistas, ampliando a banda e tocando um repertório que contemple esses dez anos.

Vocês observam uma maior aceitação do público para bandas instrumentais? Ou acredita que sempre será algo mais segmentado mesmo? 

Sem dúvida há sim uma aproximação de um público novo ao ecossistema da música instrumental. Uma das visões sobre isso é a percepção de que há um maior conhecimento de forma ampla e variada sobre música instrumental. O que era antes uma impressão das pessoas sobre uma música mais careta e menos atrativa, hoje a gente percebe que isso não existe tanto. 

Uma boa comparação seria interpretar a música instrumental como uma foto e a música de canção como um filme. Na foto, o antes e o depois daquele registro fica a quem a observa criar uma possível história. No filme, somos mais conduzidos a interagir com a história/roteiro já contada.

Como é trabalhar com BNegão? Vocês já trabalharam juntos em outros projetos?

O BNegão é um ser iluminado. Pra nós sempre foi e sempre será uma relação de troca e aprendizado com um mestre. O BNegão entra na nossa vida para construirmos juntos esse show do Racional por um outro parceiro de fundamental importância para nós, o DJ Tamenpi, e que ao decorrer desse convívio ambos viraram padrinhos da banda. 

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O BNegão assina a coprodução do nosso último disco (VXNTX VXNTX), lançado em 2020. E ao longo desses quase seis anos juntos, fizemos shows autorais e outros com repertórios especiais, como esse do Tim. Se tudo der certo, estaremos juntos pro resto de nossas vidas.

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