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Direção Correta: após 20 anos do início, banda santista lança EP de estreia

A Califórnia Brasileira é uma realidade cada dia mais distante. O cenário roqueiro de Santos está respirando por aparelhos. As poucas casas de shows fecharam as portas, o público não renovou (só quer saber de nomes dos anos 1990 pra trás). No entanto, a produção local não para. O Direção Correta é mais um bom exemplo.

Se neste ano já noticiamos lançamentos do Garage Fuzz, Thirteen Brotherhood, Vaice, Contrabando, Uelo, entre outras, hoje é a vez de falarmos mais do Direção Correta.

Recentemente, a banda divulgou o primeiro EP, Liberdade, com quatro faixas autorais. A sonoridade agrada fãs de A Day to Remember, Face to Face, Dance of Days e Jinjer, para citar algumas das influências dos integrantes.

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Intro, Valsa das Almas Perdidas, Amanhã Eu Já Não Sei e Liberdade são as faixas do EP. A canção-título em breve deve ganhar um videoclipe. Valsa e Amanhã também estão nos planos para registros audiovisuais.

“Até o final do ano temos planos de lançar mais um EP”, adianta o vocalista, Elias Reis. Além dele, a banda tem na formação Juninho (guitarra), Renan (baixo) e Bruninho (batera).

Sobre ser uma resistência em um cenário não tão propício, Elias, que já participa de bandas locais há 20 anos, reforça a necessidade de ter mais espaços.

“Na verdade o que falta mais é espaço mesmo, festivais. Bandas temos várias. Santos sempre foi um bom berço de bandas independentes, e tem várias que ainda estão na ativa. Talvez um movimento unificado das bandas junto com alguma casa poderia dar um up na cena”.

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Experiência de sobra

Mesmo que agora esteja lançando o primeiro EP, o Direção Correta já está na ativa desde 2000. No entanto, durante a caminhada, enfrentou dificuldades.

Até 2004, ainda numa sonoridade mais próxima do nu metal, o Direção Correta fez diversos shows na região. À época, Nedo (vocal), Juninho (guitarra), Boka (baixo) e Bruninho (bateria) formavam o time. O som era mais agressivo e as letras abordavam política e experiências de vida.

Em 2005, o grupo acabou. Posteriormente, em 2006, Nedo faleceu após um acidente de moto. A retomada só aconteceu em 2018.

“Amigos em comum resolveram fazer um evento e chamaram eu, Juninho e Boka para fazer um som cover. Nos reencontramos e aí a fagulha se tornou chama. Mudamos o estilo, começamos a compor e colocamos novos integrantes. Agora somos uma banda de hardcore melódico”, comenta Bruninho.

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