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A volta do Madman ao Brasil

MÁRIO JORGE
Foto: Francisco Cepeda/Agnews

Ele não para. Agora, parece que vai (ou não!). Ozzy Osbourne anuncia mais uma turnê quase mundial, aquela que promete ser de despedida. “As pessoas continuam me perguntando quando vou me aposentar”, diz o Madman. “Esta será a minha última turnê mundial, mas não posso dizer que não vou fazer shows aqui e ali”. Entenderam o recado?

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Enfim, vamos ao que interessa: aos 69 anos, o Ozzy vai tocar na América do Norte (México), Europa e América do Sul, coroando as cinco décadas (18.262 dias) dedicadas ao rock (como frontman do Black Sabbath e carreira solo). E é claro que ele festeja essa coisa de números: no site oficial do vocalista, contabiliza-se mais de 2.500 shows.

Ele estará no Brasil em maio. Quatro capitais serão contempladas pela tour 2018: São Paulo (dia 18), Curitiba (16), Belo Horizonte (18) e Rio de Janeiro (20).

Se alguém vai perguntar se vale a pena ver a apresentação, já respondo: muito. Esqueça o Ozzy meio esquisitóide e até aquela imagem caquética exibidos no já antigo reality da MTV americana. No palco, o cara mantém o vocal inconfundível. A agilidade pode não ser a mesma, mas os pulinhos e os banhos com balde ainda fazem parte da pantomima.

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E lembrar que tudo começou lá pelos idos de 1968, quando Ozzy – o garoto-problema, sério candidato a infrator reincidente – anunciou: “Ozzy Zig precisa de uma banda”. Sim, fez o marketing pessoal e complementou a publicidade: “Vocal com experiência possui sistema de PA (áudio profissional)”. Seu nome verdadeiro é John Michael Osbourne. Ozzy é uma espécie de abreviatura do sobrenome, enquanto Zig, ele mesmo não sabe de onde tirou.

Deu certo, em termos. A primeira banda que o convidou chamava-se Music Machine, que depois virou The Approach. Ensaiaram, mas jamais fizeram um show, como ele conta no livro Eu Sou o Ozzy.

Um certo Geezer Butler soube da boa nova; mais tarde, Tony Iommi, que o conhecia da escola, e Bill Ward se juntaram para tentar a sorte. E daí, dá-lhe história. Nascia, ou na pior das hipóteses, reforçava uma vertente tão poderosa quanto o próprio rock’n roll puro: o heavy metal.

Enfim, o ex-infrator, ex-afinador de buzinas e ex-funcionário de um matadouro dava seus primeiros passos nessa odisseia que parece interminável.

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Que os críticos especializados avaliem a qualidade sonora do Madman. O que a patuleia quer mesmo é ouvir os hits de sempre, alguma coisa nova e, se for verdade mesmo, se despedir ao vivo do cara. Bark at the Moon.

https://www.youtube.com/watch?v=O8KJ9ntzkaM

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