Após lançar o single Bom Dia, o vocalista do Carbona, Henrique Badke, já está com o EP Espaço Ciferal Vol.1 disponível no Bandcamp da Hearts Bleed Blue (HBB), selo responsável pelo lançamento. Ao lado de Henrique Badke, Melvin Ribeiro (Autoramas, Lafayette & Tremendões) e Cristina Caffarelli (Dado Villa Lobos e Toni Platão) participam do projeto.
O Blog n’ Roll trocou uma ideia com o músico, que falou detalhes do projeto e o futuro do Carbona. Um vídeo do making of do álbum, produzido pela HBB, complementa a entrevista. Confira o papo, ouça o álbum e assista ao vídeo de Espaço Ciferal Vol. 1.
Como e quando surgiu a ideia do Espaço Ciferal?
A vontade de fazer música neste formato não é de agora. Quem acompanha meu trabalho sabe que há três anos cheguei a anunciar e iniciar as gravações, mas acabei não concluindo por diversas razões. Isso deu um gosto especial. Acho legal a ideia de ter algo na cabeça, uma vontade, perseguir e, ainda que mais tarde, conseguir realizar. Tanto antes quanto agora, a ideia era a mesma: gravar músicas num formato mais próximo de como elas nascem, ali no quarto, violão com adesivo da banda predileta. Acho que o que mudou agora foi ter visualizado uma forma de trabalhar, uma perspectiva de continuar fazendo música e me divertindo com isso.
O EP representa uma nova fase da sua carreira?
Sim. Na década de 1990 toquei com o Barneys, nos 2000 com o Carbona e sinto que estou iniciando algo que terá continuidade. Não significa que vou parar as atividades com o Carbona, que segue na ativa há quase 17 anos. Mas, vejo nesta nova empreitada uma oportunidade de garantir continuidade de algo que gosto muito: escrever e gravar música de poucos acordes e melodias grudentas.
Tiveram mudanças na sua vida que o levaram ao um novo projeto?
Sim, estou com 40 anos. O tempo aperta e o formato de produção que idealizei para este projeto permitem, no meu cenário de vida atual, viver mais perto da música.
E a turma que te acompanha no álbum?
Dois grandes amigos que fizeram toda a diferença: Melvin no baixo e em conversas conspiratórias dando força para fazer e ajudando a entender que modelo é esse de fazer música num formato mais dinâmico. A Cris Cafarelli por emprestar todo seu talento para que eu pudesse dar a cara que queria para o som.
Já tocou com a Cris em outros projetos?
Não. Foi a primeira vez que toquei com a Cris. O mais legal é que já gravamos mais coisas depois do Ciferal. Sai em dezembro.
E o Carbona? A banda volta? Tem planos na gaveta? Pretende lançar a discografia nos serviços de streaming?
A banda está na ativa. Nós paramos de fazer shows. Foram quase 16 anos sem parar e nos deparamos com a situação de ter dois integrantes morando no exterior. Quando olhamos para a situação, ela pareceu de alguma forma encaixar para todo mundo. Mas o fato é que o Carbona está na ativa, lançou DVD este ano, relançou Back to Basics (álbum), segue divulgando sons. Só não estamos mesmo é fazendo shows. Sobre planos, ainda não chegamos lá, mas temos vontades. Estamos conversando sobre fazer alguns shows no ano que vem e gravar alguma coisa ainda que à distancia. Sobre a discografia no streaming, é algo que a gente quer e vai trabalhar, mas alguns fatores dificultam juntar tudo e disponibilizar. Acho o formato muito bom e o Espaço Ciferal já sai em todos os serviços de musica digital do Brasil.
Making of do álbum
Ouça Espaço Ciferal
