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Autoramas ganha um tributo e tanto: 41 bandas tocando suas músicas

Nos últimos meses, desde que iniciou as comemorações dos 20 anos de carreira, a banda carioca Autoramas conquistou uma série de feitos marcantes. Depois de trocar sua formação (mais uma vez), excursionou novamente pela Europa, lançou o elogiado disco Libido, entrou nos circuitos de shows do Sesc São Paulo e na Virada Cultural. O fim de ano ainda reservou a confirmação no Lollapalooza, que acontece em abril, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

E se não bastasse tantas coisas positivas, a banda formada por Gabriel Thomaz, Érika Martins, Jairo Fajer e Fábio Lima também recebeu um tributo especial. Organizada pelo site Hits Perdidos e Debbie Records, A 300 km por Hora (Aurora Discos) reúne 41 bandas independentes de 11 estados.

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Tal como nas duas primeiras coletâneas, O Pulso Ainda Pulsa (Titãs) e O Mundo Ainda Não Está Pronto (Pato Fu), ambas realizadas em parceria com o blog Crush em Hi-Fi, as bandas reconstruíram as faixas do homenageado.

Por ter uma ligação muito mais forte com o independente, diferente do Titãs e Pato Fu, o projeto do Autoramas trouxe uma variedade muito interessante de bandas underground.

“Achei sensacional a escolha das bandas. Tem o China, o Stone House on Fire, que é stoner, o Guantas, com música latina. Fiquei impressionado! São bandas que eu curto, tenho relações próximas como o Marcelo Callado, o Carbona. E eles gravaram com o Nervoso, que foi quem formou a banda comigo”, comentou Gabriel Thomaz.

O vocalista conta ainda que, depois do lançamento, muitas bandas foram reclamar por não terem sido convidadas. “Já sou a favor que role um volume 2. Acho que será ainda mais equilibrado”.

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A trinca inicial do disco reúne três bandas que já chamam a minha atenção há tempos: Der Baum, Estranhos Românticos e Paquetá. As duas primeiras deixando Quando a Polícia Chegar e Catchy Chorus ainda mais dançantes, com elementos de synthpop. A Paquetá parece seguir uma linha mais fiel ao original, sem grandes mudanças na instrumental Multiball.

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Marcelo Callado, que deu uma cara anos 1950 para Eu Era Pop, é aquele artista que me envergonho por não ter conhecido o trabalho antes. Figura conhecida no Rio de Janeiro, ele já tocou bateria nas bandas de Caetano Veloso, Jorge Mautner, Branco Mello, Alice Caymmi, Arnaldo Antunes, entre muitos outros.

Melvin Ribeiro, ex-baixista do Autoramas, aparece em dois momentos do álbum. Com o seu projeto solo Melvin & os Inoxidáveis ele apresenta uma versão interessante de Copersucar. Já com o Carbona, acompanhado de Nervoso (Beach Lizards, Acabou la Tequila e outras bandas), resgata um dos hits do grupo, Carinha Triste.

Mesmo com tanta proximidade com alguns dos artistas, Gabriel Thomaz afirma que não desconfiou de nada da homenagem. “Eu fui o último a saber. Foi um segredo muito bem guardado. Só o Jairo (baixista) sabia, mas ele escondeu. Melhor assim, foi mais emocionante”, comentou.

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Um dos organizadores do tributo, Rafael Chioccarello, do Hits Perdidos, falou sobre a iniciativa. “No meio do processo conversando com o Jairo, fiquei sabendo que o ano das comemorações seria 2018. Fui atrás de artistas que tinham certa ligação com a história do Autoramas, Little Quail and The Mad Birds, e do próprio Gabriel. Deixei o tributo ainda mais sentimental”, justifica.

Carbona. Um dos nomes mais marcantes do cenário carioca, a banda de punk rock marca presença com Carinha Triste. A guitarra, logo de cara, já entrega que Henrique Badke está no comando. Incrível!

Nada em Vão. A banda brasiliense também colocou a sua pegada mais roqueira em Já Cansei de Te Ouvi Falar. Velho conhecido do público santista, o baterista da banda é Delton Porto, ex-The Bombers.

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Letty and the Goos. De Itapira, no interior de São Paulo, essa banda foi uma das gratas surpresas de 2018. No tributo, ela aparece com Você Sabe, um dos maiores hits do Autoramas. Apenas ouça!

Color for Shane. Banda garageira do ABC paulista, o Color for Shane é uma das prediletas da casa. Aqui, eles não decepcionam com Muito Mais, outra canção marcante dos cariocas.

Camarones Orquestra Guitarrística. Se você ainda não ouviu essa bela banda potiguar, invista um pouco do seu tempo nela. No tributo, a escolha foi bem acertada: Domina.

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