A banda novaiorquina de ska The Slackers é a grande atração do CarnaSka, que acontece no dia 4 de fevereiro, no Centro Cultural da Juventude,em São Paulo.
O show, gratuito, às 19h15, conta ainda com mais sete bandas, incluindo Sapobanjo, Móveis Coloniais de Acaju e uma atração internacional. Confira abaixo os horários:
14h00-14h30 – Don Robalo/Rio de Janeiro
14h45-15h15 – Coquetel Acapulco/Rio de Janeiro
15h30-16h15 – BaBoom/São Bernardo
16h30-17h00 – Larika/Rep Tcheca
17h15-18h00 – Sapobanjo/São Bernardo
18h15-19h00 – Peixoto & Maxado/São Paulo
19h15-20h30 – Slackers/Nova Iorque
20h45-22h00 – Móveis Coloniais de Acaju/Brasília
A turnê do Slackers pelo Brasil passa por Araraquara, no dia 2, Campinas, no dia 3, além de São Bernardo do Campo, no dia 5. Com exceção de Campinas, que receberá um show especial, com duas horas de duração e set escolhido pelo público, as demais apresentações são gratuitas.
Um pouco sobre a banda:
O som do The Slackers é bastante roots e, ao mesmo tempo, inovador. Enquanto eram influenciados – e até diretamente ensinados – por criadores da música jamaicana, como os Skatalites e os Upsetters (banda de apoio original dos The Wailers), a banda sempre enxergou sua música por lentes americanas. No gosto do grupo há tanto espaço para o blues, a soul music dos 60, o rock e o rythm’n’blues como para o reggae, o rocksteady, o dub e o ska. Como se os Rolling Stones ou os Yardbirds tivessem se criado tanto com Bob Marley como com Muddy Waters.
Qualificada como a melhor banda de reggae/ska de Nova York em recente reportagem da maior revista norte-americana de reggae, a Beat, os Slackers mantêm uma pegada crua e direta que o The New York Times foi rápido em declarar como “o som de Nova York”. Nos últimos anos fizeram mais de 400 shows por todo o planeta.
Toda essa empolgante atividade caminha para o lançamento de um novo álbum intitulado Gambare (2011), que será, ao lado dos clássicos da banda, peça chave no repertório da turnê brasileira.
Depois de lançar o primeiro álbum (Better Late Than Never, 1996) pela lendária Moon Ska records, os Slackers inauguraram o cast da Hellcat Records, gravadora de Tim Armstrong (Rancid), fundada em 1997.
Em Red Light, mostraram um som mais suave, melancólico e cheio de soul. O grande hit daquele álbum foi “Watch This”, que foi tocado extensivamente pelas college radios de então.
Em 1998, os Slackers lançaram mais um disco com 19 músicas inéditas: The Question. Recheado de canções inspiradas por amores perdidos, hérois assassinados e álcool, foi considerado “o novo Exile On Main Street”. Em resenha ao disco, a CMJ ponderou que “a única questão que falta perguntar é porque nenhumas das bandas de ska soam tão respeitáveis e coesas?”
Desde o lançamento de Red Light, os Slackers fizeram mais de 11 turnês pelos Estados Unidos e nove pela Europa. Estiveram nos palcos da Warped Tour (1998), Lowlands Festival (1999), Pukkelpop (1999, 2004), CMJ (2000), Montreal Jazz Festival (2000), Bourges Festival (2001), Dour Festival (2002), Deconstruction Tour (2004), Augustboller (2005) e do Streetbeat Festival (2005).
Eles dividiram noites e turnês com nomes como Rancid (1999, 2003), Hepcat (1999), Joe Strummer (2002), Floggin Molly (2002), Jimmy Cliff (2002), The Beat (2002), Pennywise (2004), e Toots & The Maytals (2005).
Atualmente, nos 150 shows que em média fazem por ano, os Slackers costumam lotar a platéia, atraindo fãs devotados que costumam dirigir por quilômetros para estar em uma gig do grupo. O foco do Slackers em suas apresentações ao vivo levou a produção de um bootleg oficial em 2000, Live At Ernesto’s.
Desde meados dos anos 1990, diversos membros do Slackers têm realizado projetos paralelos e composto para outros grupos e artistas. O tecladista Vic Ruggiero se apresentou e compôs para o Rancid, Pietasters, Transplants, e seu trabalho foi sampleado pela cantora Pink em seu álbum recente. O saxofonista David Hillyard (integrante original do lendário grupo de Los Angeles Hepcat) contracenou em diversos shows, principalmente com o Rancid na turnê do Lollapalooza de 1996, e foi o solista convidado da música “Riot”, da trilha do filme Beavis & Butthead Do America.
Esse interesse em colaborações levou os Slackers a gravarem e produzirem Slackers & Friends. Nesse álbum, o grupo nova-iorquino funciona como banda de apoio para artistas norte-americanos e jamaicanos como Glen Adams (The Upsetters), Cornell Campbell (The Uniques), Congo Ashanti Roy (The Congos), Doreen Schaeffer (The Skatalites), e Ari-up (The Slits).
O diretor de cinema Guy Ritchie pegou a faixa “Matey Exterminator” para a trilha do seriado que fez para a BBC, “Make My Day”. Um disco com o registro da turnê de 2003 do projeto Slackers & Friends foi lançado como Upsetting Ernesto’s, no fim de 2004.
Para divulgar Close My Eyes na Europa, os Slackers foram convidados para tocar na Deconstruction Tour 2004, junto a artistas como Yellowcard, Pennywise, Lagwagon, Anti-Flag e Strike Anywhere.
Coincidindo com a Deconstruction Tour, o grupo lançou um EP contra a guerra no Iraque, intitulado International War Criminal. O álbum defendia abertamente que “as armas de destruição em massa são gasolina e petróleo”.
2006 marcou a primeira visita da banda ao Brasil, com apresentações épicas na choperia do SESC Pompéia, em São Paulo. Osshows integram o documentário Sons de Uma Noite de Verão, lançado em DVD pela Radiola Records. Seguiram-se tours extremamente bem-sucedidas em 2008 e 2010.