O músico China lançou seu quarto álbum solo, Manual de Sobrevivência para Dias Mortos, nesta sexta-feira (31). Cinco anos depois de Telemática ele vem com essa “pedrada”, que tanto nas letras como no som traduz o Brasil atual.
A origem punk e o caráter inventivo, marcas desse artista desde os tempos de Sheik Tosado, são a essência da sonoridade de MSDM. Assim como o tempero pernambucano que sempre permeou seu trabalho.
“Vejo o compositor como um cronista da realidade. E a realidade em que vivemos anda bem dura de ser digerida. É impossível observar o que acontece no Brasil e no mundo e não ter um olhar crítico sobre as mazelas e retrocessos. Acredito que a arte ajuda a propagar ideias e pensamentos. Espero que as pessoas reflitam um pouco sobre o que é dito nas canções desse disco”, comentou China.
A trinca que se formou para as gravações do disco é composta por China, Yuri Queiroga (produtor, violão, guitarra, baixo, micromoog, programações e samples) e Lucas do Prazeres (percussão).
Participações especiais
Há convidados especiais como o trombonista Nilsinho Amarante (Subdesenvolver e O Selvagem), os guitarristas Neilton (Fascismo Tupinambá) e Andreas Kisser (Frevo e Fúria).
O filho de China, Matheus Câmara, assina a programação de bateria eletrônica em Consumo e em Mareação. A canção também tem baixo de Felipe Faraco e bateria de Arquétipo Rafa.
Também há vozes femininas. Bell Puã com sua poesia dura em Moinhos de Tempo. Natália Matos banha de leveza o refrão de Mareação. Uyara Torrente (A banda mais bonita da cidade) traz profundidade a Pó de Estrela.
Foto: Pamella Gachido / Divulgação