Em tempos onde uma apresentação musical não é mais suficiente para deixar o fã plenamente satisfeito, o 6 Santos Jazz Festival, que começa hoje, escalou três pesos-pesados para dar workshops de amanhã a domingo, no auditório do Museu Pelé, no Valongo. Oportunidade única para trocar experiências com músicos renomados. O guitarrista Nuno Mindelis, o baixista Thiago Espírito Santo e o baterista Gus Conde são os nomes das feras.
“Não costumo fazer workshops, mas vou contar um pouco da minha história com a guitarra, dar dicas do que me fez a aprender sozinho, as diferenças entre o que parece que é no blues e o que é, além do lado esquerdo e direito do cérebro, o lance do sentimento versus técnica fria”, comenta o blueseiro Nuno Mindelis, considerado um dos maiores guitarristas do Brasil, que falará sobre A Arte Musical, nesta sexta-feira (28), a partir das 16 horas.
Identificado com o blues e o classic rock, Mindelis usará Santos como experiência para um grande desafio, em setembro. O guitarrista embarcará para Austin, no Texas, para fazer a mesma atividade. “É no mínimo enaltecedor ensinar guitarra na terra de T-Bone Walker, Freddy King, Stevie Ray Vaughan, Johhny Winter e tantos outros. O Texas é um celeiro da guitarra”.
Angolano radicado no Brasil, Mindelis afirma que desenvolver uma técnica como guitarrista de blues depende de muitos fatores.
“Se nunca ouviu blues direito ou no berço, pode penar, a carga de informação faz diferença. Como alguém que é erudito na escrita porque leu cedo e outro que não leu desde cedo”, avisa Mindelis, cujo primeiro reconhecimento internacional de Mindelis aconteceu em 1994.
Ele ainda gravou e realizou turnês com os membros da lendária Double Trouble (a banda de Stevie Ray Vaughan) e participou de importantes festivais na Europa e Canadá, sendo anunciado ao lado de astros como Prince, Diana Krall, Oscar Peterson e B.B. King.
Bateria
Já no sábado, às 14h, também no Museu Pelé, é a vez do santista Gus Conde colocar sua bateroterapia em prática. Recentemente, o músico, que já tocou com Rihanna, viu um dos seus vídeos viralizar nas redes, com 1,5 milhão de visualizações e mais de 20 mil compartilhamentos.
“Vou começar com uma apresentação sobre o que é a bateroterapia e como aplicamos os conceitos no dia a dia, algumas dicas de memória. É possível aprender rapidamente a tocar bateria desde que por trás do ensinamento tenha a preocupação de quem é o aluno. É diferente a dinâmica para um aluno de 8 anos, 19 anos ou 80 anos. O ritmo está dentro da gente”, comenta Conde, que aprendeu a tocar bateria ouvindo os discos da banda norte-americana de rock Kiss.
No domingo, às 11 horas, no próprio museu, o baixista Thiago Espírito Santo, considerado um dos mais técnicos do Brasil, apresenta o workshop Improvisação.
As inscrições, gratuitas, no e-mail santosjazzoficial@gmail.com. Cada oficina pode receber até 80 alunos. o museu pelé fica no Largo Marquês de Monte Alegre, s/n.
