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CPM 22 volta mais cascuda em Suor e Sacrifício

JÚNIOR BATISTA

Se a gente voltar no tempo um pouco, mais precisamente pro fim dos anos 1990, você provavelmente vai lembrar de alguns versos conhecidos, como “um minuto para o fim do mundo” e “dias atrás…”. Foi quando a CPM22 estourou Brasil afora, com seu álbum de mesmo nome.

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Pra quem chegou a frequentar os shows eletrizantes dos roqueiros, pode esperar o mesmo gás, mesmo que os rapazes estejam beirando os 40 anos. “A essência é sempre a mesma. A banda tá mais velha, mais cascuda na estrada, no mundo e na vida, mas é um caminho natural”, garante Badauí, referindo-se ao lançamento de Suor e Sacrifício, o sétimo álbum inédito do grupo, após seis anos de espera dos fãs.

As faixas, todas autorais, relembram bem o som feito no início dos anos 2000. Nostálgico, mas com amadurecimento. “Confesso que nunca pensei em passar algo nostálgico. A gente sempre conversa muito e temos ouvido que a galera relembrou bastante nosso som antigo. Queríamos, sim, um disco pra cima, músicas mais rápidas”, diz o vocalista.

Como repórter e apreciador de hardcore, também ouvi muitos de seus refrões mais famosos à época, como das faixas Regina Let’s Go, Um Minuto Para o Fim do Mundo, Dias Atrás e Irreversível. O vocabulário do novo disco está diferente, mais maduro, mas a batida CPM é a mesma. “Na hora de escrever, não pensei em fazer algo que remete à nossa essência, foi material, até porque se você pensa muito acaba se limitando, tem que deixar fluir”, diz.

Uma das faixas, no entanto, foge aos conflitos de relacionamentos ou das manifestações sociais e críticas aos governos, marca da CPM. Honrar Teu Nome tem um peso especial na vida de Badauí. Foi feita para o pai, que faleceu no ano passado. “Esta foi a última a entrar no disco. Eu escrevi na sequência do acontecido. Queria passar uma mensagem e ao mesmo tempo foi um descarrego escrever essa letra”, diz o vocalista sobre a faixa, que canta, em um de seus versos, “Saudade pai! Descansa em paz, seu filho já cresceu/ Sempre quis te orgulhar/ Você chegou a ver, vou superar/ Só tenho agradecer, de todos vou cuidar/ Honrar teu nome”.

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O disco também marca a volta do baixista Fernando Sanches, que ficou no grupo de 2005 a 2011. “Foi muito legal a volta do Fernando porque nós nunca queríamos que ele saísse. Ele precisava sair, o filho tava crescendo, a gente muito na estrada. O pai também precisava da força dele, mas nós o apoiamos”, diz Badauí. “Ele voltou sendo o mesmo Fernandinho, mesmo astral e energia”, completa o vocalista de 41 anos.

Internacional
Nesse novo disco, o grupo de Barueri teve uma participação especial, do Trever Keith, vocalista da banda de punk rock californiana Face To Face, que gravou Never Going Be The Same com eles. “Sempre fomos muito fã do Face to Face. Desde as primeiras vezes que eles vieram ao Brasil estávamos por trás dos palcos”, conta.

Até que, em 2015, quando fizeram o show no Planeta Atlântida do Multishow, veio um estalo. “Mandamos o vídeo para eles e responderam. Então, toda vez que eles vinham trocávamos ideia”, diz Badauí, que estreitou laços com os californianos até conseguir gravar esta faixa.

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Resumindo, o trabalho, segundo o cantor, ficou no ponto. “Nosso som tem ainda o DNA do punk rock, soa jovem, mas está mais maduro. Esse disco me agradou totalmente, desde a capa, a forma, tudo na medida”.

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