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Entrevista | Cristopher Clark – “O Rick é um produtor na pegada de deixar o artista trazer os arranjos”

Desde que venceu a primeira edição do X Factor Brasil, em dezembro passado, o santista Cristopher Clark trabalhou bastante para lançar o seu primeiro álbum solo. Praticamente não teve tempo para descansar. Deixou passar as festas de fim de ano para iniciar o processo de composição de algumas canções e logo partir para o estúdio, junto ao amigo e admirador Rick Bonadio. O produtor, que o apoiou do início ao fim do programa da Band, é responsável pelo lançamento de grandes nomes como Mamonas Assassinas e Charlie Brown Jr.

Aos 43 anos, Cristopher Clark precisou se reinventar. Quem acompanha o cantor desde o início da carreira sabe do empenho e dedicação que ele sempre teve. Foi assim com o Last Joker, banda que segue carreira internacional no Reino Unido, Cajamanga, que chegou a emplacar hit nas paradas de sucessos e o Drive V.

O disco solo, que leva o próprio nome do cantor, reúne 15 canções, sendo quatro em português e outras 11 em inglês. As faixas no outro idioma, por sinal, são todas versões de músicas que o santista cantou no X Factor, além de hits mais atuais, que dominam as rádios.

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“O repertório foi escolhido por meio de canções que cantei no programa, outras demos uma procurada em coisas mais atuais, que têm tocado nas rádios. Todas com um estilo bem pop, mas deixando mais rock, mais a minha cara”, comenta o músico.

Cada Palavra, de autoria própria, que abre o álbum, será o primeiro single do disco e ganhará um videoclipe. As faixas em inglês, que incluem sucessos de Adele, Bruno Mars, The Chainsmokers, Drake, Demi Lovato, entre outros, funcionam como um link para o público que conheceu o santista durante o programa.

“A ideia é manter a conexão e não fazer um CD só de covers. Foi tudo muito rápido. Quando acabou o programa, veio o fim do ano e já iniciamos tudo no início deste ano. Corri o tempo que deu. Tive um mês para trabalhar. Preparei seis músicas em português, mas aprovamos quatro delas”.

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Trabalhar com Bonadio foi algo muito importante para o andamento do trabalho, segundo Cristopher. “Tivemos liberdade total. O Rick é um produtor na pegada de deixar o artista trazer os arranjos. Conversamos para uma saída melhor em cada solução. Foi muito fácil e legal trabalhar com ele”.

Para quem está curioso em saber como estão as canções próprias de Cristopher, saiba que o alcance vocal e a personalidade do músico continuam intactos. “Adquiri muitas influências em português. Charlie Brown Jr, Pitty, Nx Zero e O Rappa são bandas que toquei junto. Tem referências deles, mas consegui deixar com a minha cara, sem chupinhar nada”, diz. “Tentei fazer algo com a minha cara, respeitando as minhas influências internacionais, como Audioslave e Foo Fighters. Você sabe que tenho aquela veia heavy metal desde pivete, então peguei toda influência que tenho do pop rock nacional e internacional e absorvi”, completa.

Mas antes de encontrar Bonadio, Cristopher fez uma pré-produção com os integrantes da banda. “Eles (músicos) trabalharam os arranjos nas versões e nas próprias. Com ele (Bonadio), fomos tratando faixa a faixa. Ele deu pitacos bem importantes. Nunca tomou à frente. Acompanhou todos os dias de gravação. E botou a mão na massa na mixagem. Ficou uma sonoridade muito boa”.

O momento é de trabalhar. Como o contrato com a Sony tem validade para apenas um álbum, Cristopher precisa mostrar mais uma vez o seu talento, agora diante de um mercado mais favorável ao sertanejo universitário ou o funk. Mas sem esquecer que venceu um reality show mantendo suas características.

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“O rock está complicado de entrar nas grandes mídias, mas o Rick está dando uma força. Ele está em tudo, é um manager, produtor, faz tudo pelo nosso trabalho. Está me agraciando com o conhecimento que tem”.

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