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Crítica | Green Day – Father Of All Motherfuckers

O surpreendente 13º álbum do Green Day, Father Of All Motherfuckers, já está entre nós. E nos últimos dias, o título do disco deu muito o que falar. Isso porque até recentemente estava sendo divulgado como Father of All… (sem o motherfuckers). Billie Joe explicou para a Kerrang.

Todavia, na capa, o nome aparece com as reticências e um unicórnio em cima da palavra censurada. 

“Para os adultos, chama-se pai de todos os filhos da puta, e depois para as crianças e para a censura, é pai de todos …”. 

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O vocalista, porém, seguiu com a explicação. “Sempre foi o pai de todos … praticamente. Eu fiz a arte e escrevi Father Of All Motherfuckers na capa do álbum American Idiot. Alguém disse: Você nunca será capaz de colocar’ filhos da puta lá, e eu digo: Bem, apenas faça todo mundo feliz e apenas coloque um maldito unicórnio nele! E então eu desenhei um unicórnio e coloquei sobre isso. Então é meio engraçado, porque o unicórnio se tornou esse ícone”.

Trump não é alvo

Antes de falarmos sobre as músicas é importante ressaltar que mesmo com Donald Trump dando inspirações de sobra para um novo American Idiot, pelo menos nas críticas pesadas das letras, aqui isso não se repete.

Em resumo, o baixista Mike Dirnt admitiu em entrevista recente que Father Of All Motherfuckers está mais para Insomniac e Dookie. São apenas dez canções em 26 minutos.

Mas outras coisas vividas por Billie Joe e seus amigos estão presentes, numa sinceridade absurda. Principalmente em Junkies On A High, onde ele canta: “tragédia do rock and roll, acho que o próximo poderia ser eu”.

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“Eu acho que essa linha meio que me assustou. Eu acho que o histórico de músicos de rock que vivem vidas curtas, às vezes parece um inferno na sua trilha, então eu acho que uma vez me assustou e assustou algumas outras pessoas que estão perto de mim”, comentou em outra entrevista.

Confira um faixa a faixa abaixo.

Father of All Motherfuckers

A faixa-título foi o primeiro single do novo álbum e mostra bem a proposta de Billie Joe e companhia nesse álbum. Os backing vocals e as palminhas são bem característicos ao longo do disco.

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Fire, Ready, Aim

As palminhas e backing voltam com tudo no segundo single do álbum. Aqui, ainda conta com um pianinho matador para acompanhar a sonoridade festiva. Ademais, a canção virou tema dos comerciais da NHL, liga norte-americana de hóquei no gelo. O início me lembra bastante o The Hives.

Oh Yeah!

Com snippet de Gary Glitter, Oh Yeah! foi o terceiro som revelado pela banda. A bateria assume o lugar das palminhas, mas certamente o público vai cantar junto dessa forma nos shows. Gostei do andamento da faixa, vocal do Billie Joe está ótimo.

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Meet Me on The Roof

Falo novamente das palminhas ou ignoro? Elas estão presentes. Foge um pouco das características sonoras do Green Day, mas tem tudo para agradar aos fãs. Principalmente os mais novos, da geração American Idiot em diante. Tecladinho também casa muito bem com o andamento da faixa.

Todavia, Tre Cool já revelou que é uma de suas favoritas do álbum. E a que ele mais quer tocar ao vivo.

I Was Teenager Teenager

Começa com uma linha de baixo interessante, vocal baixinho de Billie Joe e estoura como uma balada clássica do Green Day, com a participação do teclado. O refrão é matador, pra ficar na cabeça facilmente.

Stab You in The Heart

Se o Green Day nascesse nos anos 1950, seria exatamente assim. E isso é um elogio. Animada, a faixa ainda tem solinho de guitarra e backing que remetem aos Beatles. Uma das minhas prediletas do disco.

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Curioso que em entrevista para a Spin, Billie Joe comentou sobre as influências nesse álbum. Em resumo, citou Little Richard, Martha & the Vandellas, T. Rex e Mott the Hoople. Acredite! Tem um pouco de tudo isso mesmo.

Sugar Youth

Mais uma canção para cantar e dançar junto com a banda. Guitarra pesada no início e refrão, outra faixa com um andamento ótimo que culmina em um refrão marcante. Está aí uma bela aula de como fazer refrões marcantes. Algo que anda faltando em muita banda.

Junkies On A High

Aqui está um experimento do Green Day que não gostei muito. Parece querer soar como Arctic Monkeys, mas saiu estranho. Nada que comprometa o andamento do álbum.

Take The Money And Crawl

Mais uma viagem sonora da banda, mas já cai melhor que Junkies On A High. Apesar de diferente, ainda segue mais próxima do que os fãs querem ouvir.

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Graffitia

Ótima forma de encerrar o álbum. Inicia lembrando The Clash, volta para o novo Green Day repleto de tecladinhos e anda passa por um vocal baixo de Billie Joe, com algumas menções sonoras de Stones e bandas dos anos 1960. Ah, claro, para cantar batendo palmas também. 

Em resumo: um ótimo e surpreendente álbum do Green Day. Mais um!

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