Crônicas de um Roqueiro #06 – E o que esperar do Lolla?

Crônicas de um Roqueiro #06 – E o que esperar do Lolla?

MÁRIO JORGE

Vou ao meu primeiro Lollapalooza no próximo sábado. Admito que não sei o que esperar desse festival e confesso, desde já, que sempre torci o nariz para eventos do gênero. Por quê? Por causa da miscelânea musical, meio Rock in Rio. Deu pra entender?

Vou debutar no Lolla, primeiro porque foi presente do último Natal; segundo, porque a intenção de quem me presenteou – minha mulher, Simone, no caso – é porque no sábado vai ter metal. Mais precisamente, Metallica. Estarei cedo em Interlagos. Até que o James Hatfield suba ao palco, vai rolar uma maratona musical variada.

Aí é que está o meu medo. Se já faço um esforço tremendo em ouvir, nos bares da vida, bandas que tocam a fina flor do pop – e de grunge – imagine neste evento que se caracteriza por trazer novos sons e outros não tão novos assim?

Preconceitos à parte, tentarei ir a Interlagos com a mente aberta, desarmada, pronta pra entender o que é o Lollapalooza (sei, não??!!). Esse ‘pé atrás’ tem um motivo. Vou a shows de uma banda ou festival, tipo Monsters Of Rock, sabendo muito bem o que esperar. Não há segredo, apenas rock’n roll (hard ou heavy).

Tá bom, gosto do clima que envolve encontros do gênero, do mar de camisas pretas, da atmosfera típica que cerca esse universo que parece não ter fim, sempre atraindo públicos com idades distintas, mas com afinidades, que vão muito além do tipo de som e das vestimentas. A sintonia está nos papos e posturas.

Voltando às apresentações de sábado, reafirmo: desarmado eu vou, mas sem esconder certa apreensão. Como estarei cedo por lá, serei uma espécie de alienígena num território ainda desconhecido? Melhor assim! Geralmente falam que devemos conhecer de tudo na vida, até para fazer um juízo de valor e evitar o “não gostei” logo de cara.

Claro que em tempos de internet, com Google e YouTube, dá pra fazer uma ideia do som que vai rolar a partir de meio-dia. Vi e não gostei do que ouvi. Quem sabe se de corpo presente, a coisa muda, eu morda a língua e reveja (pré) conceitos?

De antemão, digo que talvez o grupo que mais se aproxima do bom e velho rock’n roll seja o Doctor Pheabes. De resto, é aguentar firme, ostentar a camisa do Metallica e esperar a banda subir ao palco – será a atração final, às 21 horas, no Palco Skol. Pelo menos aqui há uma certeza: Nothing Else Matters. Até mais!

https://www.youtube.com/watch?v=HxZjzYfGeow