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Crédito: Nando Machado

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“Sueco-brasileiro” Eagle-Eye Cherry canta no Cine Joia

*Vinte e dois anos após estourar mundialmente com o single Save Tonight, o músico sueco Eagle-Eye Cherry já pode se considerar até um pouco brasileiro. Foram diversas vindas ao País, parcerias registradas com músicos locais e até um álbum gravado no Rio de Janeiro.

Nesta quarta-feira (23), a partir das 21h, ele se apresenta no Cine Joia (Praça Carlos Gomes, 82 – Liberdade, em São Paulo). “Eu pareço um pouco brasileiro. Amo a música, a comida, as mulheres. É um lugar onde me sinto em casa”.

A relação carinhosa com o Brasil não é demagogia. O artista realmente possui laços com o País. Segundo o sueco, a música fez ele criar essa conexão. “Minha música foi abraçada pelo Brasil e é um país que eu visito sempre que posso porque amo estar aqui. Ouço muita música brasileira. As mais antigas, mas ainda sim gosto muito. Naná Vasconcelos (1944-2016) foi um tio para mim, então eu cresci com essa vibe”.

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Parcerias brasileiras

A relação com Naná Vasconcelos é praticamente familiar mesmo. O pai de Eagle-Eye Cherry era o trompetista de jazz Don Cherry (1936-1995), que gravou com o percussionista pernambucano o álbum Rain Dance, em 1989. Neneh Cherry, irmã de Eagle-Eye, também cresceu no mesmo ambiente.

“Adoraria gravar com outros artistas brasileiros. Só preciso achar a situação certa e o artista certo. Seria muito divertido passar um tempo gravando, como fiz com Maria Gadú. Adoraria passar mais tempo com as pessoas daqui”. 

Eagle-Eye Cherry foi muito influenciado pelo pai. Foi ele quem o ensinou a tocar bateria, ainda na infância. Posteriormente, já no ensino médio, o sueco passou a fazer aulas de atuação, se formou em teatro e viu a paixão por atuar crescer bastante.

“Mas mesmo assim, a influência da família foi muito grande para que eu voltasse a focar na música. Comecei a escrever minhas próprias canções, larguei as baquetas, peguei o microfone e comecei a cantar. Foi isso”, relembra.

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Novo álbum de Eagle-Eye Cherry

O artista chega ao Brasil com um álbum novo na bagagem. Streets of You foi lançado em outubro do ano passado. O disco é o sucessor de Can’t Get Enough, divulgado seis anos antes. A demora tem justificativa, segundo Cherry.

“Eu dei uma pausa e depois de três anos senti falta de viajar me apresentando. Então, vi que era hora de voltar a fazer música nova e tocar pelo mundo. O processo de gravação do álbum foi bem rápido, na verdade. Viajei por Nova York, Los Angeles, até que cheguei em Nashville e decidi que gravaria lá. É um lugar com muita música”.

Cherry reforça que a vida de um músico não é “apenas” compor, gravar e viajar. “Tem muitas coisas além disso, como as companhias ingratas, os dias cansativos, as longas entrevistas (risos), mas estou gostando de falar com você. É muito mais do que só fazer música”.

Indo ainda mais além sobre o que motiva as pausas longas entre um álbum e outro, o sueco ainda falou sobre a rotina desgastante. “Quando eu estava na minha última turnê, eu visitava estações de rádio todas as manhãs, fazendo versões acústicas o dia inteiro, depois fazendo checagens de som no local do show… achei que eu estava me perdendo, então tentei me reencontrar. Então, eu faço essas pausas quando não consigo mais dar conta da rotina e preciso encontrar o caminho de volta para mim mesmo”.

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O irmão de Neneh Cherry possui uma veia social muito importante. Segundo o artista, ele tenta ser uma versão cada dia melhor. “O mundo não é um lugar perfeito, pelo contrário, está ficando cada vez mais maluco. Trabalho com um projeto social que dá um lar crianças sem teto. Essas crianças conseguem ter uma vida apropriada, com horários certos, escola, alimentação”.

Show em São Paulo

Sobre a apresentação no Cine Joia, o sueco afirma que fará um mix dos cinco álbuns de estúdio. “Vou tocar os grandes hits de todos os álbuns e algumas músicas do álbum novo também. Me lembro da minha turnê do primeiro álbum, quando eu só tinha 11 músicas e fazia um show em que as pessoas pediam mais e eu dizia: ‘eu não tenho mais’ (risos). Agora, tenho mais álbuns e tenho músicas que escrevi justamente para tocar ao vivo, porque sou esse tipo de compositor, eu penso na performance ao vivo quando escrevo. Então, vou pegar canções de todos os álbuns. Serão os últimos shows dessa turnê, então acredito que será bem especial”.

Serviço – Eagle-Eye Cherry em SP

Ainda há ingressos disponíveis para o show de Eagle-Eye Cherry em São Paulo. Todavia, eles custam entre R$ 110,00 e R$ 220,00. Para comprar, acesse o site Ingresse.

*Texto por Lucas Krempel e Caíque Stiva

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