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Elas, detonando no palco

MÁRIO JORGE

Num cenário predominantemente masculino uma voz feminina, mesmo que gutural, faz a diferença no palco. São as mulheres que levantam a turma com seu poderio vocal inesgotável. A energia é a mesma, mas há nuances pra lá de temperadas.

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É possível citar várias delas, como Maria “Tristessa” Kolokouri, da Astarte, Dana Duffey (Demoniac Christ) e Otep Shamaya (New Metal Otep). Ou ainda a santista Dani Nolden, da Shadowside.

Questão de gênero? Não vou me ater a esses detalhes, até porque tá cheio de gente falando ou escrevendo sobre isso com muito mais propriedade. O que importa é a performance e a qualidade da música que essas meninas e suas bandas levam para o público. O estranho é que nunca vi um show com uma frontwoman. Não, sem preconceitos. É que o universo metal que me seduziu décadas atrás era, de fato, marcado por vozes masculinas.

Nos bares, aí, sim, já vi mulheres entoando o melhor do rock’n roll. Em Santos, mesmo. Dá gosto ouvir Xandra Joplin cantando clássicos, acompanhada por banda ou apenas um violão acústico. E a Aldre Lima, que expõe seu talento em covers do Van Halen, Whitesnake e ACDC.

Se, pelo mundo afora, especialmente nos Estados Unidos e na Europa, é muito comum a voz feminina estar presente no heavy metal, por aqui, a coisa ainda engatinha. Além da Dani, a banda Nervosa abre espaços no universo thrash. O power trio paulistano tem fortes influências dos clássicos do gênero, como Slayer, Sepultura e Exodus, por exemplo. Dá pra dizer que beberam na melhor das fontes para definirem um som próprio. Aliás, elas já estiveram na Cidade, no tradicional reduto roqueiro, o Boteco Valongo, com excelente aceitação da galera.

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Tarja Turunën (ex- Nightwish), que recentemente fez show em São Paulo, dispensa apresentações. Com características vocais de soprano lírico, a finlandesa simplesmente arrebenta neste reino até então masculino, não necessariamente machista. Aliás, Doro Pesc, vocalista alemã, já apontou a Tarja como sua sucessora enquanto Rainha do Metal.

A porteira se abriu e elas entram sem pedir licença. Para quem conviveu com mulheres a vida inteira, nada a se opor. Acho muito bom e que assim seja. O metal precisa dessa arejada de vez em quando. E bem melhor que elas venham, suaves… ou detonando.

Nervosa

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Tarja Turubën

New Metal Otep

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Shadowside

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