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Entrevista | Planta & Raiz e Julies – “Feat que namoramos há dois anos”

No mês que irá estrear no Lollapalooza, a banda de reggae Planta & Raiz traz mais uma novidade: um single em parceria com Julies, artista revelação do gênero. Em resumo, Se Deus Quiser chega nesta sexta-feira (11) em todas as plataformas de streaming.

Em entrevista exclusiva ao Blog n’ Roll, o vocalista da banda, Zeider Pires, contou sobre a comemoração dos 25 anos de carreira do Planta & Raiz, a participação no Lollapalooza e como foi feita essa parceria musical.

“Julies é meu parceirão. A gente já tem trabalhado bastante junto nas divulgações, nos corre e também nas composições, a gente tem feito muita música junto. O dia que a gente fez essa música, bateu na hora e a gente decidiu que seria essa que a gente faria um feat junto, uma produção musical, e deu no que deu, mó musicão, hitzasso”.

De acordo com o Julies, esse single é uma “realização pessoal” por ter crescido escutando Planta & Raiz. Contudo, isso reflete na inspiração que teve para a sonoridade: a “nata” da banda. Confira a entrevista na íntegra abaixo:

Como surgiu a ideia de gravar junto com o Julies? Vocês já trabalharam juntos antes?

Zeider: Julies é meu parceirão. A gente já tem trabalhado bastante junto nas divulgações, nos corre e também nas composições, a gente tem feito muita música junto. O dia que a gente fez essa música, bateu na hora. Então, a gente decidiu que seria essa que a gente faria um feat junto, uma produção musical. E deu no que deu, mó musicão, hitzasso.

Julies: Estou felizasso também. Complementando o Zeidão, é um feat que a gente já está namorando há basicamente uns dois anos, desde quando o Planta lançou um som acho que com o Fábio Braza, acho que já faz mais ou menos dois anos né Zendão?

Zeider: Acho que até um pouco mais.

Julies – A gente já vinha falando disso, “vamos fazer junto uma foda”, a gente sempre ficou “tem que ser a foda”. Sempre falava com os moleques, “já tem um feat com o Planta pronto. Mas preciso achar a música para gente fazer junto”, foi até quando a gente sentou e começou a canetar e falou “vish, é essa”.

O que representa para você gravar com o Planta?

Julies: O Planta é basicamente realização pessoal. Cresci vendo os caras tocando aqui na Zona Norte, tinha o antigo baterista do Planta que era casado com uma das amigas das minhas irmãs, a gente tinha uma relação meio indireta. Sempre cresci admirando os caras, era máquina de hit, lembro que ia para a academia ouvindo, tinha acabado de sair o Ao Vivo de 2006, e falava “caralho”.

Foi passando o tempo, e tenho a minha empresa de assessoria e a gente calhou de começar a se encontrar na estrada, começou a estreitar a relação.

Para mim hoje é a realização de um sonho, porque além de poder chamar os caras de amigos, são um dos maiores nomes da história da música brasileira, do reggae brasileiro, não tem como ter outro sentimento além desse.

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Falando sobre a canção Se Deus Quiser, do que ela trata na letra? E o que trouxeram de sonoridade para ela?

Zeider: A letra da música é esse lance da gente encontrar uma pessoa que a gente gosta muito, que também gosta muito da gente, que “vem ficar comigo”. É o lance, se você quiser, eu vou, onde você quiser que eu esteja, estarei.

Então, acho que é isso, é o lance do amorzão recíproco, desse respeito no relacionamento, da gente estar com quem gosta da gente e cuidar de quem gosta da gente. Para onde a pessoa que gosta da gente for a gente vai, é mais ou menos por aí.

Julies: A questão da sonoridade, quis trazer o que eu mais tinha de referência da nata do Planta, os big hits que tomavam o meu coração. Tentamos trazer muito para essa onda tipo De Você Só Quer Amor, essas sonoridades que para mim, na minha opinião, traz a mais alta nata do Planta.

Acho que é o mais alto nível, aqueles negócios que toca no coração mesmo, comercialzão com timbres únicos do Franja, timbre único do Zeidão e o jeito de cantar. Realmente, a sonoridade, esse som foi inspirado mesmo no melhor do Planta.

Falta pouco para a participação de vocês no Lollapalooza. O que significa para vocês representar o reggae nacional em um dos maiores festivais do mundo?

Zeider: É algo surreal que cede meu entendimento do sentimento da gratidão. Estou me sentindo muito grato à Deus, e tudo que nos move, por essa oportunidade, já que o Lolla é uma vitrine para o planeta.

A gente vai estar tocando o coração de muitas pessoas, um público eclético, a gente vai ter a oportunidade de mostrar a nossa música para pessoas que de repente não estão muito voltadas para o reggae, e também para produtores de show do Brasil e do mundo.

Então, acho que é uma oportunidade única na vida, e a gente vai aproveitar do jeito que a gente mais gosta, com maior responsabilidade, amor e arrebentando, Vamos chegar e fazer o show da vida lá.

Julies: Você é louco hein? Estou lançando um som com a atração do Lollapalooza, tá de brincadeira, estou no jeito para caralho.

Zeider: Nós estamos chique, mano.

Julies: Amém, o reggae no Lola, progresso.

Zeider: Pela primeira vez uma banda de reggae do Brasil vai fazer parte do Lollapalooza. Então, para gente é uma honra muito grande, uma felicidade sem tamanho.

Julies: É o Planta abrindo novamente espaços para o gênero, porque assim, na minha opinião, o Planta, junto com o Natiruts, foi o grande responsável dessa popularização do reggae, principalmente no começo dos anos 2000, 2006 e 2007.

Acho que isso é reflexo de 25 anos de história, estou orgulhoso para caralho desses caras que eu posso chamar de amigos.

Zeider: É nois Julieto, vamo.

Já tem uma ideia do que pretendem priorizar no setlist do Lollapalooza?

Zeider: A gente vai tocar só os clássicos. É uma oportunidade da gente estar pondo a galera para cantar e para dançar. Então, a intenção é colocar aquela música que a gente sabe que a nossa galera gosta, e também, para tocar o coração de todo mundo. Vai ser aquela tarde de clássicos.

E shows? Pretendem assistir algum artista no mesmo dia do show de vocês no festival? Julies, o que está ansioso para ver?

Zeider: Quero muito ter ali como o dia mais legal da vida. Vai ter Foo Fighters, Black Puman que é uma parada nova, Jane’s Addiction que tem os clássicos também. Fora os artistas brasileiros que vão estar no mesmo dia que a gente lá, o Djonga, a galera da Fresno, Lagum, Gloria Groove.

Quero prestigiar toda essa galera e ter a oportunidade de aprender, a gente ver um show é sempre uma aula, é sempre um momento da gente se alimentar de música e colocar a alma para transcender. Então, acho que vai ser muito bom.

Julies: Estou assim, primeiramente, dia 27 a atração que mais quero ver é o Planta, por conta disso tudo, de tudo que isso representa, pelo fato deles terem aberto essa porta da gente lançar um som no mês do Lollapalooza, onde as atenções estão para as bandas do festival.

Então, a primeira atração é o Planta, seguido deles é o Black Pumas que estou muito curioso para assistir o show, vi muita coisa na internet, acho os caras muito musical, acho foda.

Foo Fighters assisti em 2017, lá no Allianz Parque, foi muito foda, quero muito ver de novo. Além do squad brasileiro, tem Rashid, Marina Sena. Acho que entender mais ou menos como estes artistas estão se performando nesses big festivais, porque a gente tira muito disso como referência para gente.

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Julies, a faixa fará parte do seu primeiro DVD. Queria que você falasse um pouco mais sobre esse lançamento.

Julies: Esse DVD, na verdade, é um álbum ao vivo, o Começo, Meio e Fim Ao Vivo com duas músicas inéditas. Já vai começar a ser lançado de forma gradual, o primeiro sai com o Planta aí dia 11. Não queria sair com nenhuma regravação, dei uma versão ao vivo de nenhuma música que já tenha lançado, e calhou de achar esse golaço.

E a gente deve ir lançando uma vez por mês, um single por mês até o final do ano, ou às vezes até um pouquinho menos, Pode ser que no segundo semestre eu lance em blocos de três músicas mas eu devo seguir mais ou menos essa onda de divulgação.

O Planta também planeja o lançamento de um DVD este ano, o Acústico. O que você pode adiantar sobre esse projeto? Terá canções inéditas também?

Zeider: Esse projeto vai ser gravado aqui em São Paulo, dia 22 de julho, na Audio. Vai ser a gravação do DVD mas vai ser aberto ao público também, para galera vir, curtir, comprar ingresso e celebrar com nós. E vão ter regravações versão acústica das músicas dos nossos clássicos.

Estou querendo também fazer alguma versão de alguma música, mudar algum arranjo, fazer alguma coisa diferente de algum sucesso nosso também, e vir com faixas inéditas também, já na versão acústica para já chegar batendo no coração.

Em 2023, o Planta comemora 25 anos de carreira. O que pretendem fazer para celebrar uma data tão importante assim?

Zeider: A gente vai gravar esse ano o DVD dos 25 anos de banda. Talvez a gente lance a primeira música até o fim do ano, a gente vai correr para isso acontecer, mas já fazendo parte da celebração dos 25 anos de Planta & Raiz que a gente celebra em 2023.

Julies: Começa a celebrar esse ano, né? Dia 27, já no Lolla.

Zeider: É, já estamos começando, a celebração já está rolando.

A gente não vai parar, e sempre foi assim. Quando finaliza um projeto já começa a pensar no próximo. Então, a hora que a gente fechar o que tem planejado para esse ano, que é a gravação do Acústico, que já é uma coisa que eu quero fazer há alguns anos.

Na real teve que ser adiado por causa da pandemia, esse plano era para 2020 e a gente está fazendo isso só em 2022. Mas tem muita coisa, queria gravar alguma coisa na Jamaica, fazer alguma coisa lá, então vamos viver que a vida promete.

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